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São Paulo, domingo, 28 de setembro de 2003

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APERTO

Distribuição dos móveis exige o uso da fita métrica, que deve registrar um vão de no mínimo 60 cm entre as peças

Sofá e sala de jantar são os vilões da falta de espaço em casa

BRUNA MARTINS FONTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Sentar no sofá novo sem bater o joelho na mesa de centro e depois jantar espaçosamente com a família toda à mesa parece um prazer simples. Na prática, porém, muitas vezes ele se torna irrealizável por causa de um longilíneo detalhe: a fita métrica.
Especialmente porque esses, segundo arquitetos e decoradores, são os dois móveis mais difíceis de entrar -e caber- em casa: o sofá e o conjunto de jantar.
"O erro mais comum é não acertar no dimensionamento das peças", avalia a arquiteta Melissa Wagman, 25. Não adianta insistir em dois sofás ou na mesa de centro se não houver 60 cm entre eles.

Decoração indigesta
Outro erro bastante cometido, apontado por profissionais da decoração, é abusar da mesa de jantar. Afinal, onde comem quatro nem sempre comem seis.
"Todos querem uma mesa grande, mas nem sempre cabem seis cadeiras, então é melhor optar por quatro", diz Gustavo Fernando de Carvalho, 26, diretor da loja de móveis Decorsul.
Para calcular o número de cadeiras, profissionais recomendam reservar pelo menos 65 cm para cada uma. Mais especificamente, eles sugerem medir a distância horizontal ocupada pelos braços durante a refeição.
Na opinião da decoradora Rosita Zylberstajn, 50, para ficar confortável em um ambiente médio, é preciso deixar 40 cm entre a borda da mesa e o espaldar e 60 cm entre o espaldar e a parede.

Planejamento
Nem sempre é possível acreditar apenas na planta. "Deve-se medir a parede em cinco pontos diferentes, porque ela pode não estar no prumo, e há o risco de a estante ficar torta", diz Carvalho.
Feita essa planta simples, é preciso calcular a área ocupada pelos móveis, deixando folgas para obter boa circulação. A distância mínima deve ser de 60 cm.
Depois de escolhido o modelo que atenda bem às necessidades do espaço, as cores entram em campo. "As pessoas erram muito escolhendo tons escuros para ambientes pequenos", opina Wagman. Ela prefere os neutros.
O arquiteto Luís Augusto Garçon, 38, também é adepto dos tons neutros, mas afirma que, se o piso for claro, um móvel escuro "pode dar um contraste interessante". "Quando o piso é de madeira, usar materiais como o vidro e o aço dá equilíbrio."
Para a arquiteta Flávia Ralston, 42, móveis escuros e cores vibrantes vão bem com paredes brancas e pisos claros. "Um sofá vermelho fica ótimo numa sala branca."
""Não se pode esquecer de ver como as peças se desmontam e saber se passam pela porta e outros espaços", arremata Carvalho.

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