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Mudar detalhes faz a diferença
Minirreformas baratas, como trocar espelhos de interruptores, dão ar de novidade à casa
DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL
Melhorar a aparência da casa
não exige uma cirurgia plástica
demorada e cara. Se não houver
problema grave na estrutura ou
na planta, um retoque na maquiagem de portas, armários,
espelhos de interruptores e outros detalhes basta para deixar
ambientes mais bonitos.
Ares de limpeza e modernidade são obtidos, por exemplo,
com pinceladas de cores neutras, como bege e branco.
Esta última substituiu o cinza de portas, interruptores (R$
200, todos), azulejos e rejuntes
(R$ 13) do apartamento que a
arquiteta Karen Pisacane, 26,
aluga enquanto espera as chaves de seu imóvel novo. "O cinza deixava tudo com cara de sujo e velho", descreve.
Adotar linhas retas no design
de interruptores e de molduras
de teto reforça o conceito de
modernidade. O "rodateto" de
gesso acartonado sai mais em
conta e gera menos sujeira na
instalação que o gesso comum.
O mesmo material foi usado
por Pisacane na cabeceira da
cama "box". Todas as molduras
custaram R$ 300, com mão-de-obra. No banheiro, o branco da
tinta epóxi escondeu a indesejada decoração dos azulejos, e o
espelho pequeno foi trocado
por um grande (R$ 340), truque para ampliar o espaço.
Pisacane abateu do aluguel a
pintura de portas, paredes e
azulejos (R$ 2.000, com mão-de-obra). "Na casa nova, só vou
aproveitar as luminárias [R$
900], mas valeu a pena: não sei
morar "feio" nem mesmo temporariamente", arremata.
Cozinha portuguesa
Minirreformas não são solução apenas para moradas provisórias. Rápidas, ajudam quem
quer se estabelecer logo numa
casa nova, como o casal Raquel
Garson e Silva e João Pedro da
Silva, que aportaram em São
Paulo vindos de Portugal.
Em mau estado, armários
embutidos foram removidos da
cozinha. Louças e utensílios ficam em prateleiras e pendurados em varões no teto, à mão da
educadora e do arquiteto, mestres-cucas nas horas vagas.
"Queríamos uma cozinha como as do Alentejo e que custasse pouco", resume Raquel. A região do sul de Portugal é evocada em garrafões de vinho achados no lixo de um restaurante.
Pequenos baús com rodinhas
e dois gaveteiros que originalmente eram criados-mudos
também guardam objetos.
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