São Paulo, domingo, 29 de abril de 2007

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Mudar detalhes faz a diferença

Minirreformas baratas, como trocar espelhos de interruptores, dão ar de novidade à casa

DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Melhorar a aparência da casa não exige uma cirurgia plástica demorada e cara. Se não houver problema grave na estrutura ou na planta, um retoque na maquiagem de portas, armários, espelhos de interruptores e outros detalhes basta para deixar ambientes mais bonitos.
Ares de limpeza e modernidade são obtidos, por exemplo, com pinceladas de cores neutras, como bege e branco.
Esta última substituiu o cinza de portas, interruptores (R$ 200, todos), azulejos e rejuntes (R$ 13) do apartamento que a arquiteta Karen Pisacane, 26, aluga enquanto espera as chaves de seu imóvel novo. "O cinza deixava tudo com cara de sujo e velho", descreve.
Adotar linhas retas no design de interruptores e de molduras de teto reforça o conceito de modernidade. O "rodateto" de gesso acartonado sai mais em conta e gera menos sujeira na instalação que o gesso comum.
O mesmo material foi usado por Pisacane na cabeceira da cama "box". Todas as molduras custaram R$ 300, com mão-de-obra. No banheiro, o branco da tinta epóxi escondeu a indesejada decoração dos azulejos, e o espelho pequeno foi trocado por um grande (R$ 340), truque para ampliar o espaço.
Pisacane abateu do aluguel a pintura de portas, paredes e azulejos (R$ 2.000, com mão-de-obra). "Na casa nova, só vou aproveitar as luminárias [R$ 900], mas valeu a pena: não sei morar "feio" nem mesmo temporariamente", arremata.

Cozinha portuguesa
Minirreformas não são solução apenas para moradas provisórias. Rápidas, ajudam quem quer se estabelecer logo numa casa nova, como o casal Raquel Garson e Silva e João Pedro da Silva, que aportaram em São Paulo vindos de Portugal.
Em mau estado, armários embutidos foram removidos da cozinha. Louças e utensílios ficam em prateleiras e pendurados em varões no teto, à mão da educadora e do arquiteto, mestres-cucas nas horas vagas.
"Queríamos uma cozinha como as do Alentejo e que custasse pouco", resume Raquel. A região do sul de Portugal é evocada em garrafões de vinho achados no lixo de um restaurante.
Pequenos baús com rodinhas e dois gaveteiros que originalmente eram criados-mudos também guardam objetos.


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