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São Paulo, domingo, 30 de março de 2003

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ÁREAS EXTERNAS

Pedriscos, bolachas para caminhos, deques e plantas em vasos enfeitam o visual de uma área sem a retirada do revestimento

Existem jardins para os sem terra à vista

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Não é porque a casa não tem um centímetro de solo à mostra que o morador não pode ter um local verde. Com criatividade, o piso existente pode virar um jardim seco, aquele feito com elementos decorativos, e não forrado por plantas, como acontece em um espaço convencional.
Segundo a paisagista do Ibrap (Instituto Brasileiro de Paisagismo) Cristiane Ramos, pedriscos, seixos, deques e bolachas de madeira, concreto ou pedra compõem belas paisagens. O verde fica por conta de vasos. "Às vezes, o chão recebe, primeiramente, uma manta de bidim [material que permite a drenagem e impede o deslocamento das pedras]."
As pedras custam a partir de R$ 4 (saco com 33 quilos), na loja Cristiane Rodrigues. "Para escolher, é preciso definir se a pedra é para enfeite ou se as pessoas vão pisar sobre ela", diz Rodrigues.
Já quem quer retirar o piso para pôr plantas no solo precisa ter, no mínimo, 30 cm de profundidade de terra no local. "A primeira camada de solo deve ser substituída, por estar compactada", diz a arquiteta Marcella de Moraes Ocke, 30, professora do Centro de Educação de Design de Interiores do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).

Com ou sem grama
A fisioterapeuta Argia Palmieri Salomão, 48, cansou do gramado que tinha nos fundos da casa, espaço que serve de ligação entre a sala de visitas e a churrasqueira. "As pessoas entravam na sala com os pés sujos, e em época de chuva tinha de vir jardineiro todo mês para a poda", lembra.
Depois de passar por três paisagistas, um projeto do Ibrap transformou o local em um jardim seco, forrado de pedras. No centro foi instalado um deque de madeira, que evita que as pessoas sujem os pés ao passar pelo local.
"Agora só preciso regar as plantas do vaso, e o jardineiro vem a cada quatro meses", comemora.
Mas há aqueles que não abrem mão da grama, como a arquiteta Naila Zucker. "Nada substitui um bom gramado, que aguenta pisoteio, dá vida ao jardim e permite que as crianças brinquem." (AM)


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