Novidades para deixar a casa mais saudável

Com resina especial, tintas mineral e de terra afastam mal-estar e alergia

GIOVANNY GEROLLA

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pintar a casa nem sempre significa alergia e dores de cabeça por causa do cheiro forte. Uma saída saudável é adotar tintas "naturais", que trocam químicos, como COVs (compostos orgânicos voláteis), causadores de náuseas e irritações, por componentes menos agressivos, como terra e minerais.
Elaborados com resinas especiais, que não selam a parede, esses produtos combatem a umidade, pois o vapor d'água pode entrar e sair da superfície.
"As minerais cimentícias [com cimento branco] têm alto teor alcalino e são fungicidas", defende Márcio Augusto Araújo, 43, consultor do Idhea (Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica).
A Folha encontrou cinco desses produtos no mercado (confira ao lado). Seus preços são semelhantes aos de tintas látex foscas à base de água, que custam, em média, R$ 2 para revestir um metro quadrado.
As "naturais" também cobrem um metro quadrado com R$ 2, em média, mas o preço chega a R$ 5 na tinta da Ibratin.
Elas têm boa resistência a limpeza e intempéries, mas não a mesma das tintas de alto brilho, que, por terem alta concentração de resina, são mais duráveis. "É difícil atingir os mesmos resultados sem usar químicos como resinas derivadas de petróleo ou sintéticas", avalia Alexandre Paz de Oliveira, 49, diretor técnico da Ibratin, que fabrica tintas sílico-minerais (resina à base de sílica), indicadas para restauração de patrimônios históricos.
No caso da tinta da Ibratin, é possível passar um impermeabilizante para proteger a pintura, o que libera COVs.

Cuidado na aplicação
Nenhuma das outras pede esse tipo de cobertura, mas todas requerem cuidados na aplicação. "A tinta mineral não adere sobre camadas de pintura sintética ou massa-corrida", complementa Araújo, falando sobre a Ecotinta Mineral. Assim, é preciso que a massa-base também seja feita de cal.
"Por ser alcalina, a tinta mineral é agressiva à pele e aos olhos", alerta o diretor técnico da Sherwin Williams, Luis Mota, 54. No caso das minerais em pó (Bautech e Ecolfix), é aconselhável usar máscaras e luvas.


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