O piso escuro facilita a limpeza; o balcão é suficiente para as refeições

Henrique Manreza/Folha Imagem

A arquiteta usou vidro serigrafado no tom laranja para colorir o ambiente

DA REPORTAGEM LOCAL

Houve um tempo em que a cozinha era isolada da área social para que as mulheres estivessem protegidas e escondidas dos austeros visitantes.
Séculos se passaram, mas o modelo da casa em que o cômodo fica longe dos olhos não está fora da realidade em apartamentos tradicionais.
Se transformar a cozinha em área social é uma necessidade na vida familiar atual, paredes abaixo foi o primeiro passo para trazer modernidade e praticidade para a casa de um jovem casal que mora em Moema (zona sul de São Paulo).
Por não se tratar de um cômodo de grandes proporções (7,7 m2), o projeto da arquiteta Adriana Fontana privilegiou traços retos e mobiliário branco para dar uma sensação de amplitude ao local.
O colorido aparece no vidro serigrafado e pintado de laranja na parede da pia. "Fixamos com silicone para não ter problemas com vazamento", explica a arquiteta. As tomadas foram deslocadas para as laterais.

Íris
No revestimento do chão, o grafite dá o tom. "Fiz um piso escuro que facilita a limpeza. Para quebrar a monotonia, colocamos um mosaico de pastilhas", conta Fontana. No mosaico, as cores reverberam o laranja do vidro.
A bancada, com dois bancos, é o espaço de refeições do casal, além de servir como aparador para dias em que a cozinha está mais movimentada.
Na separação entre a sala e a cozinha, a idéia inicial era colocar uma porta de vidro de correr, mas os donos gostaram tanto da liberdade que acabaram abrindo mão desta peça no projeto. (CRISTIANE CAPUCHINHO)


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