São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2006

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Feliz casa nova

Renato Stockler/Folha Imagem
O sofá cru de Patrícia Braglin voltou da lavanderia amarelado, cor do dinheiro no Réveillon, mas trouxe prejuízo à bibliotecária, que acionou a empresa na Justiça

GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A chegada de um ano novo traz o cheiro de tinta fresca às paredes, o colorido de flores de verão a vasos e jardins e a vontade de deixar tapetes, cortinas e estofados novos em folha.
Mas nem tudo são fogos de artifício na hora de renovar o visual da casa. O clima de festa deve comportar tempo para pesquisar preços e investigar a qualidade de prestadores de serviços, como lavanderias e pintores, para que a euforia do Réveillon não passe em branco.
A bibliotecária Patrícia Braglin, 31, teve uma virada de ano amarelada. Ela chamou uma empresa para lavar seu sofá e, no final do trabalho, notou que a cor havia mudado "levemente" do cru para o amarelo.
"Eles não quiseram pagar pelo erro, por isso abri uma ação no Tribunal de Pequenas Causas", conta Braglin.
Já o administrador Edvaldo Morais, 47, resolveu recrutar um jardineiro que passava à sua porta. "Ele gastou muito mais com adubo do que o previsto, além de ter matado uma cerca viva que eu tinha há oito anos", conta, enfurecido.
Em situações como essas, é bom adotar a máxima segundo a qual "o seguro morreu de velho" -como o ano que passou- antes de selar um acordo.
"A melhor solução é ter indicação de amigos que já conheçam os serviços da empresa ou do autônomo", orienta a técnica de defesa do consumidor do Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) Márcia Christina Oliveira, 47.
Em alguns casos, o alto nível de informalidade dos profissionais complica a escolha. "É difícil encontrar pintores com firma aberta", diz Oliveira.
Até outubro deste ano, o Procon registrou 90 queixas contra serviços de construção e reforma. Já as lavanderias tiveram 16 reclamações sobre qualidade, não-cumprimento de prazos ou trabalho não-concluído.


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