Sob efeito do forte calor e da retomada acelerada da indústria, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) registrou ontem novo pico de consumo de energia no país, o terceiro recorde consecutivo.
Tal situação obrigou o ONS a acionar mais usinas termelétricas, que têm energia mais cara e mais poluente, e a reduzir a geração de Itaipu a fim de evitar uma nova sobrecarga do sistema, como a que causou o blecaute de novembro.
Ontem, às 15h, o consumo bateu em 70.400 MW (megawatts), o maior da história.
Segundo Hermes Chipp, diretor-geral do ONS, as temperaturas máximas neste verão estão três graus acima das do ano passado, o que provoca o maior uso de aparelhos de ar condicionado e ventiladores.
Além disso, a indústria reage no pós-crise e recupera rapidamente a produção. "O consumo industrial de energia viveu um janeiro atípico. Cresceu muito para um mês de férias", disse.
Com esse cenário, o ONS teve de ligar as termelétricas a gás não por falta de água nos reservatórios, cheios, mas para evitar uma sobrecarga do sistema. Dinheiro B1


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