São Paulo, domingo, 05 de julho de 2009


Desemprego nos EUA sobe ainda mais e frustra apostas no fim da recessão

FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK

Como uma ducha de água fria sobre os que vinham apostando no fim da recessão para breve, a economia norte-americana perdeu mais 467 mil empregos em junho, elevando para 14,7 milhões o total de desempregados no país.
A taxa de desemprego atingiu agora 9,5% e é a maior em 26 anos. O total de cortes ficou em 145 mil acima do esperado. Iniciado em dezembro de 2007, o atual ciclo recessivo nos EUA já ceifou 6,5 milhões de vagas.
Além de demitir, os empregadores estão cortando mais horas de trabalho (e o pagamento) de seus funcionários. A média semanal em junho foi de 33 horas, a menor já registrada pelas estatísticas no país.

"Brotos verdejantes"
Até a divulgação do resultado do emprego, na quinta-feira, vinha prevalecendo a visão, explicitada na Bolsa, de que os chamados "brotos verdejantes" na economia dos EUA estavam se fortalecendo. E que o "ritmo da piora" havia diminuído. Agora, essa percepção volta a ficar em xeque.
Como o resultado do mercado de trabalho, o índice S&P 500 da Bolsa de Valores de Nova York voltou ao terreno negativo em 2009.
O presidente Barack Obama disse estar "profundamente preocupado" com a situação do emprego. O resultado foi uma péssima notícia para sua administração.
Algumas pesquisas de opinião já mostram um início de descontentamento em relação a medidas tomadas pelo presidente. E o pacote de estímulo fiscal de US$ 787 bilhões que prometia criar 3,5 milhões de empregos até 2010 ainda não mostrou a que veio.


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