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Desemprego nos EUA sobe ainda mais e frustra apostas no fim da recessão
FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK
Como uma ducha de água fria
sobre os que vinham apostando
no fim da recessão para breve, a
economia norte-americana
perdeu mais 467 mil empregos
em junho, elevando para 14,7
milhões o total de desempregados no país.
A taxa de desemprego atingiu
agora 9,5% e é a maior em 26
anos. O total de cortes ficou em
145 mil acima do esperado. Iniciado em dezembro de 2007, o
atual ciclo recessivo nos EUA já
ceifou 6,5 milhões de vagas.
Além de demitir, os empregadores estão cortando mais
horas de trabalho (e o pagamento) de seus funcionários. A
média semanal em junho foi de
33 horas, a menor já registrada
pelas estatísticas no país.
"Brotos verdejantes"
Até a divulgação do resultado
do emprego, na quinta-feira, vinha prevalecendo a visão, explicitada na Bolsa, de que os
chamados "brotos verdejantes"
na economia dos EUA estavam
se fortalecendo. E que o "ritmo
da piora" havia diminuído.
Agora, essa percepção volta a ficar em xeque.
Como o resultado do mercado de trabalho, o índice S&P
500 da Bolsa de Valores de Nova York voltou ao terreno negativo em 2009.
O presidente Barack Obama
disse estar "profundamente
preocupado" com a situação do
emprego. O resultado foi uma
péssima notícia para sua administração.
Algumas pesquisas de opinião já mostram um início de
descontentamento em relação
a medidas tomadas pelo presidente. E o pacote de estímulo
fiscal de US$ 787 bilhões que
prometia criar 3,5 milhões de
empregos até 2010 ainda não
mostrou a que veio.
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