São Paulo, domingo, 06 de dezembro de 2009

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Cenas de corrupção explícita atingem Arruda, o único governador do DEM

Reprodução
O empresário Alcyr Collaço, suspeito de receber R$ 30mil em propina, põe dinheiro na cueca

FERNANDA ODILLA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo do Distrito Federal foi bombardeado na semana que passou com episódios de corrupção explícita registrados em áudio e vídeo. No centro do escândalo estão o governador José Roberto Arruda e seu vice, Paulo Octávio, ambos do DEM, empresários e outros políticos da capital. Todos na mira da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de propina.
Único governador do antigo PFL, Arruda é personagem de um vídeo em que recebe dinheiro de Durval Barbosa, seu ex-secretário de Relações Institucionais e responsável pelas filmagens que culminaram no "mensalão do DEM".
Barbosa denunciou ao Ministério Público e à polícia o esquema de formação de caixa dois para a campanha eleitoral que elegeu Arruda, em 2006, e a operação de coleta e distribuição de propina para os aliados do governador.
A crise atingiu em cheio a costura da aliança nacional entre DEM e PSDB para a eleição presidencial de 2010.
Em uma das gravações feitas por Barbosa -esta já com o auxílio da PF-, Arruda solicita a distribuição de R$ 400 mil a aliados. No mesmo vídeo, o governador pergunta como está "a despesa mensal com político" e ouve os nomes de cinco legendas. Ele ordena: "Tem que unificar tudo!".
Há gravações que mostram deputado colocando dinheiro na meia, empresário pondo notas na cueca e políticos orando em agradecimento ao pagador da suposta propina.
Sob ameaça de expulsão do partido, o governador negou envolvimento no esquema. Sobre a imagem na qual aparece recebendo R$ 50 mil de Durval Barbosa, disse que era para a compra de panetones.


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