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Cenas de corrupção explícita atingem Arruda, o único governador do DEM
Reprodução
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O empresário Alcyr Collaço, suspeito de receber R$ 30mil em propina, põe dinheiro na cueca
FERNANDA ODILLA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo do Distrito Federal foi bombardeado na semana que passou com episódios
de corrupção explícita registrados em áudio e vídeo. No
centro do escândalo estão o
governador José Roberto Arruda e seu vice, Paulo Octávio,
ambos do DEM, empresários
e outros políticos da capital.
Todos na mira da Operação
Caixa de Pandora, da Polícia
Federal, que investiga um suposto esquema de propina.
Único governador do antigo
PFL, Arruda é personagem de
um vídeo em que recebe dinheiro de Durval Barbosa, seu
ex-secretário de Relações Institucionais e responsável pelas filmagens que culminaram
no "mensalão do DEM".
Barbosa denunciou ao Ministério Público e à polícia o
esquema de formação de caixa
dois para a campanha eleitoral que elegeu Arruda, em
2006, e a operação de coleta e
distribuição de propina para
os aliados do governador.
A crise atingiu em cheio a
costura da aliança nacional
entre DEM e PSDB para a eleição presidencial de 2010.
Em uma das gravações feitas por Barbosa -esta já com o
auxílio da PF-, Arruda solicita a distribuição de R$ 400 mil
a aliados. No mesmo vídeo, o
governador pergunta como
está "a despesa mensal com
político" e ouve os nomes de
cinco legendas. Ele ordena:
"Tem que unificar tudo!".
Há gravações que mostram
deputado colocando dinheiro
na meia, empresário pondo
notas na cueca e políticos
orando em agradecimento ao
pagador da suposta propina.
Sob ameaça de expulsão do
partido, o governador negou
envolvimento no esquema.
Sobre a imagem na qual aparece recebendo R$ 50 mil de
Durval Barbosa, disse que era
para a compra de panetones.
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