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Brasil fica em 73º em ranking de igualdade entre mulher-homem
Em 73ª posição, o Brasil está
na rabeira do Ranking Global
2008 da Desigualdade Entre
Gêneros, que mede a relação de
igualdade mulher-homem. Numa escala de 0 a 1 (quanto mais
próximo de 1, mais bem colocado), a pontuação do Brasil é de
0,674. A participação feminina
no mercado de trabalho também está distante da igualdade
(0,653), segundo relatório do
Fórum Econômico Mundial,
que mediu 130 países.
Um dado positivo é que o
Brasil é um dos poucos países
do mundo em que não há diferença entre gêneros quando o
assunto é educação e saúde. O
índice geral, com os países nórdicos no topo, ainda inclui itens
como participação na economia e na política.
No ranking, o Brasil está distante de vizinhos como a Argentina, em 24ª colocação. Cuba aparece em 25ª. Nos últimos
lugares, estão sobretudo os países muçulmanos e africanos.
O Brasil avançou uma posição sobre o ranking de 2007,
que incluía menos países. Mas,
segundo o relatório, "apesar de
pequenos ganhos na participação da força de trabalho, na
renda e nos salários, a posição
do país em termos de participação e oportunidades econômicas [para as mulheres] continua virtualmente intocada".
A gerente de projetos Luana
Pinheiro, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, discorda. "Em 1996, segundo o IBGE, a taxa de participação dos homens no mercado de
trabalho era de 73% e das mulheres, de 46%. Em 2007, os homens são 72% e as mulheres,
52% dos trabalhadores. É um
avanço. Em 1996, as mulheres
ganhavam 59% do que ganhavam os homens. Em 2007,
76%", afirma.
Entre os vizinhos, a Argentina segue na frente, empurrada
pela alta participação feminina
na política, sobretudo no Parlamento do país, que é governado
por uma mulher, Cristina
Kirchner. Neste quesito, as argentinas estão em 15ª posição,
enquanto as brasileiras amargam o 110º lugar. O Chile, liderado por Michele Bachelet,
aparece em 25º.
Para Luana Pinheiro, a diminuição da desigualdade entre
mulheres e homens é fruto sobretudo de fatores culturais e
comportamentais. O aquecimento econômico também ajuda. "A queda do índice de natalidade aponta nesta direção."
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