São Paulo, domingo, 13 de dezembro de 2009

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Excesso de chuva e falha em equipamento do governo de SP provocam de novo o caos


DA REDAÇÃO

São Paulo amanheceu debaixo d'água na terça. Além dos estragos materiais, teve de contabilizar mais oito vítimas fatais em decorrência das chuvas recentes. Em todo o Estado, 23 pessoas morreram neste mês.
As ruas alagadas e o transbordamento dos rios Tietê e Pinheiros foram inevitáveis por causa da intensidade do temporal, disseram as autoridades. Em menos de 20 horas, a capital recebeu um terço de toda a chuva prevista para dezembro.
No entanto, estruturas públicas sob responsabilidade da Prefeitura de São Paulo e do governo do Estado criadas para tentar minimizar os efeitos de um temporal falharam.
Uma bomba que ajuda a usina elevatória de Traição, na marginal Pinheiros, a inverter o fluxo do rio e evitar que ele transborde, estava quebrada. O sistema usado para conter alagamentos das vias sob a ponte das Bandeiras, na marginal Tietê, também não funcionou.
Foi a segunda vez que o rio Tietê transbordou desde 2006, quando o governo do Estado concluiu a bilionária obra de rebaixamento de sua calha.
O caos, que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) chamou de "um dia complicado", revelou ainda que a cidade não dispõe de um sistema de alertas eficiente para avisar sobre riscos de enchentes. O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) só emitiu um comunicado avisando da chance de transbordamento dos dois rios depois que eles já tinham invadido as pistas das marginais.
O governador José Serra (PSDB) não apareceu na terça-feira para comentar os estragos da chuva. No dia seguinte, o tucano afirmou que pretende fazer "uma grande campanha ao longo do ano que vem" para que a população não jogue lixo em córregos e rios, o que, segundo ele, agrava as enchentes.


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