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Excesso de chuva e falha em equipamento do governo de SP provocam de novo o caos
DA REDAÇÃO
São Paulo amanheceu debaixo d'água na terça. Além dos estragos materiais, teve de contabilizar mais oito vítimas fatais
em decorrência das chuvas recentes. Em todo o Estado, 23
pessoas morreram neste mês.
As ruas alagadas e o transbordamento dos rios Tietê e Pinheiros foram inevitáveis por
causa da intensidade do temporal, disseram as autoridades.
Em menos de 20 horas, a capital recebeu um terço de toda a
chuva prevista para dezembro.
No entanto, estruturas públicas sob responsabilidade da
Prefeitura de São Paulo e do governo do Estado criadas para
tentar minimizar os efeitos de
um temporal falharam.
Uma bomba que ajuda a usina elevatória de Traição, na
marginal Pinheiros, a inverter
o fluxo do rio e evitar que ele
transborde, estava quebrada. O
sistema usado para conter alagamentos das vias sob a ponte
das Bandeiras, na marginal Tietê, também não funcionou.
Foi a segunda vez que o rio
Tietê transbordou desde 2006,
quando o governo do Estado
concluiu a bilionária obra de
rebaixamento de sua calha.
O caos, que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) chamou de
"um dia complicado", revelou
ainda que a cidade não dispõe
de um sistema de alertas eficiente para avisar sobre riscos
de enchentes. O CGE (Centro
de Gerenciamento de Emergências) só emitiu um comunicado avisando da chance de
transbordamento dos dois rios
depois que eles já tinham invadido as pistas das marginais.
O governador José Serra
(PSDB) não apareceu na terça-feira para comentar os estragos
da chuva. No dia seguinte, o tucano afirmou que pretende fazer "uma grande campanha ao
longo do ano que vem" para que
a população não jogue lixo em
córregos e rios, o que, segundo
ele, agrava as enchentes.
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