São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2008

China impede protesto por morte de crianças

Pais de crianças que morreram no desabamento de escolas por causa do terremoto em Sichuan, na China, no mês passado, estão sendo impedidos de protestar ou recorrer à Justiça.
Um mês depois do terremoto, que matou quase 70 mil pessoas, o governo tem negado acesso a jornalistas estrangeiros às escolas, proibido a imprensa local de falar da má qualidade das construções e assediado os pais mais revoltados.
Na quinta-feira, dia que marcou um mês do terremoto, escolas ainda em escombros foram isoladas pela polícia.
Cerca de 10 mil crianças morreram quando as escolas desabaram após o terremoto de 12 de maio, que atingiu 7,9 na escala Richter. Vários prédios ao redor delas ficaram em pé, o que motivou denúncias de corrupção na construção de escolas com materiais baratos.
"Fomos alertados por policiais para não conversar com jornalistas estrangeiros", disseram dois pais, de Dujiangyang.
Ambos contaram que o governo prometeu o equivalente a R$ 3.000 a quem perdeu o filho na tragédia - há 30 anos impera a política do filho único no país. Eles tentaram organizar um protesto, mas policiais desfizeram a aglomeração.
Mundo A10


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