|
China impede protesto por morte de crianças
Pais de crianças que morreram no desabamento de escolas por causa do terremoto em
Sichuan, na China, no mês passado, estão sendo impedidos de
protestar ou recorrer à Justiça.
Um mês depois do terremoto, que matou quase 70 mil pessoas, o governo tem negado
acesso a jornalistas estrangeiros às escolas, proibido a imprensa local de falar da má qualidade das construções e assediado os pais mais revoltados.
Na quinta-feira, dia que marcou um mês do terremoto, escolas ainda em escombros foram isoladas pela polícia.
Cerca de 10 mil crianças
morreram quando as escolas
desabaram após o terremoto de
12 de maio, que atingiu 7,9 na
escala Richter. Vários prédios
ao redor delas ficaram em pé, o
que motivou denúncias de corrupção na construção de escolas com materiais baratos.
"Fomos alertados por policiais para não conversar com
jornalistas estrangeiros", disseram dois pais, de Dujiangyang.
Ambos contaram que o governo prometeu o equivalente
a R$ 3.000 a quem perdeu o filho na tragédia - há 30 anos
impera a política do filho único
no país. Eles tentaram organizar um protesto, mas policiais
desfizeram a aglomeração.
Mundo A10
Próximo Texto: Na balada Índice
|