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Lei antifumo joga paulistas na rua e é copiada por mineiros e cariocas
LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Escorraçados, perseguidos, apontados na rua, dedurados. A semana que passou
-a primeira sob a vigência
da lei antifumo- foi dura para os tabagistas do Estado de
de São Paulo. Expulsos de
bares e restaurantes, eles foram jogados na rua, ao relento -e fez frio, e chegou a garoar. Segundo a lei, que entrou em vigor no último dia
7, só se pode saciar a fissura
da dependência de nicotina
em locais abertos.
Anteontem, a Secretaria
de Estado da Saúde comemorava: nos sete primeiros
dias de vigência da nova legislação, 99,2% dos 7.428 estabelecimentos visitados pela fiscalização da Vigilância
Sanitária cumpriram direitinho a regra. Apenas 55 deles,
ou 0,8%, não o fizeram.
O exemplo paulista propagou-se. As Assembleias Legislativas do Rio e de Minas
Gerais apressaram-se em
aprovar também as suas leis
antifumo. Há, é claro, uma
diferença ou outra em relação à legislação paulista,
mas, na essência, todas têm o
mesmo propósito: o de banir
a fumaça do tabaco dos ambientes fechados.
Sem praias nem calçadões,
com praças cercadas por grades, a capital paulista é uma
cidade que vive dentro
-dentro de casa, do carro ou
do ônibus no congestionamento, da balada, do shopping, do trabalho, da academia. Na semana que passou,
a fuzarca dos fumantes conversando em rodinhas, bebendo e até comendo nas
calçadas deu um ar mais alegre à urbe cinza. Inesperado.
Mas a Prefeitura de São
Paulo já avisou: quem jogar
bituca na calçada está sujeito
a pagar multa de R$ 500. E o
Psiu ameaçou também com
multa, se o falatório dos fumantes ferir a Lei do Ruído.
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