São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009


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Lei antifumo joga paulistas na rua e é copiada por mineiros e cariocas

LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Escorraçados, perseguidos, apontados na rua, dedurados. A semana que passou -a primeira sob a vigência da lei antifumo- foi dura para os tabagistas do Estado de de São Paulo. Expulsos de bares e restaurantes, eles foram jogados na rua, ao relento -e fez frio, e chegou a garoar. Segundo a lei, que entrou em vigor no último dia 7, só se pode saciar a fissura da dependência de nicotina em locais abertos.
Anteontem, a Secretaria de Estado da Saúde comemorava: nos sete primeiros dias de vigência da nova legislação, 99,2% dos 7.428 estabelecimentos visitados pela fiscalização da Vigilância Sanitária cumpriram direitinho a regra. Apenas 55 deles, ou 0,8%, não o fizeram.
O exemplo paulista propagou-se. As Assembleias Legislativas do Rio e de Minas Gerais apressaram-se em aprovar também as suas leis antifumo. Há, é claro, uma diferença ou outra em relação à legislação paulista, mas, na essência, todas têm o mesmo propósito: o de banir a fumaça do tabaco dos ambientes fechados.
Sem praias nem calçadões, com praças cercadas por grades, a capital paulista é uma cidade que vive dentro -dentro de casa, do carro ou do ônibus no congestionamento, da balada, do shopping, do trabalho, da academia. Na semana que passou, a fuzarca dos fumantes conversando em rodinhas, bebendo e até comendo nas calçadas deu um ar mais alegre à urbe cinza. Inesperado.
Mas a Prefeitura de São Paulo já avisou: quem jogar bituca na calçada está sujeito a pagar multa de R$ 500. E o Psiu ameaçou também com multa, se o falatório dos fumantes ferir a Lei do Ruído.


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