São Paulo, domingo, 23 de março de 2008

Mercado se pergunta quem será o próximo a quebrar

O socorro a bancos em dificuldades financeiras motivou uma das semanas mais tensas nos mercados globais desde meados do ano passado, quando emergiu a crise americana de crédito imobiliário.
Com intervenção do Fed (BC dos EUA), o banco de investimentos Bear Stearns foi vendido para o JPMorgan por US$ 236 milhões -cerca de US$ 2 por ação. Há um ano, cada uma estava na casa dos US$ 150.
As Bolsas começaram a semana ladeira abaixo, e a pergunta mais ouvida era: "Quem será o próximo a quebrar"? O Fed cortou os juros para 2,25%, menos que a inflação americana, e só aí houve algum alívio.
No Brasil, a crise se aprofundou na quarta-feira porque os investidores estrangeiros venderam posições assumidas no mercado de commodities -petróleo, metais, alimentos- para cobrir as perdas lá fora.
Houve o maior recuo semanal do preço das matérias-primas desde 1956. De todos os desdobramentos da crise americana, a baixa no preço das commodities é o aspecto que mais prejudica o Brasil.
O país é um dos maiores produtores de matérias-primas do mundo. Reflexo disso, papéis da Petrobras e da Vale, pilares do mercado de ações, recuaram mais de 10%, No balanço da semana, a Bovespa perdeu 4,85%.


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