São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2010

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Crise na economia reduz desmate, aponta estudo

Punição a desmatadores ou desaquecimento da economia? Um estudo publicado hoje conclui que metade do mérito pela queda do desmatamento na Amazônia em meados desta década não é do aumento da fiscalização, mas sim da baixa no mercado de commodities.
Com uma série de comparações estatísticas, cientistas do Brasil e dos Estados Unidos calcularam que 44% da redução do desmate observada de 2004 a 2006 foi reflexo da economia fraca.
O resto, dizem, pode ser considerado mérito de políticas governamentais.
A criação de novas áreas protegidas fez 37% do serviço, e os 18% finais foram atingidos por meio de fiscalização e policiamento para coibir desmatamento ilegal -as chamadas políticas de "comando e controle".
O novo estudo, liderado por Britaldo Soares-Filho, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), traz outra boa notícia: os produtores que deixaram de desmatar em um determinada área em razão dessa pressão não migraram até outras regiões.
O fenômeno, chamado de "vazamento", comprometeria uma série de esforços que vêm sendo negociados para ajudar a combater a emissão de gases do efeito estufa.
Mas não é o que está acontecendo, segundo o trabalho de Soares-Filho e colegas, divulgado pelo periódico "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Ciência A20

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