São Paulo, sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

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FERNANDO DE BARROS E SILVA
Luzes de Natal
Conforme passam os dias, o encantamento vai se misturando ao que há de mecânico e opressivo nos preparativos natalinos. Não é apenas a gincana de caça aos presentes, não são apenas as maratonas gastronômicas, as bebedeiras da "firma", o trânsito ou o calor infernais. O que oprime, antes deste corre-corre frenético, é a ideia mesma de uma bondade compulsória, a esperança impositiva, o pastiche da harmonia que o Natal com suas ruas iluminadas afinal nos anuncia.
Opinião A2

CARLOS HEITOR CONY
A lucidez do Natal
Durante um mês, milhares de pessoas mais ou menos iguais a ele prepararam uma festa nas ruas e na hora do Natal foram para suas casas, gozar avaramente a felicidade lambuzada de rabanadas e doces. Ele não tem mais casa, não tem mais família, gastará sozinho e lúcido o Natal que os outros lhe abandonaram, não sabe se por castigo ou prêmio. Vê a igreja perto de seu trabalho. Mas há muito perdera a vontade de entrar nas igrejas e rezar.
Ilustrada E10


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