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Razões econômicas e políticas motivam o governo federal a prorrogar IPI reduzido
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Numa única semana, o governo federal prorrogou duas
desonerações de impostos e
criou mais uma. O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de carros, que subiria
em janeiro, continuará reduzido para modelos flex. Materiais
de construção, incluindo de cimento a cadeados, continuarão
sem pagar tributo até junho. E
o setor moveleiro, que recolhia
até 10% de IPI, terá redução garantida até março.
Razões de natureza técnica
-as exportações de móveis, por
exemplo, não se recuperaram e
o setor continua com crescimento inferior na comparação
com o resto da indústria- se
somaram a considerações políticas para justificar as medidas.
Na avaliação da cúpula do governo, há dividendos a serem
colhidos nas urnas se a economia estiver em crescimento no
ano eleitoral de 2010. A combinação de uma recuperação que
já vem acontecendo com a manutenção de incentivos setoriais é uma garantia a mais.
Um dos pilares da campanha
da pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff, será a
construção de moradias do
programa Minha Casa, Minha
Vida. Prorrogar a desoneração
de materiais de construção
também ajudará um mercado
que está em crescimento graças
à queda na taxa de juros.
Até o fim deste ano, outros
setores devem ser beneficiados
com a prorrogação do IPI reduzido: a produção de máquinas e
a fabricação de computadores.
A aposta do governo é que a
recuperação esperada na economia em 2010 seja suficiente
para recompor a arrecadação
perdida neste ano e sustentar a
política de desonerações.
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