LEANDRA PERES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A discussão sobre o suposto encontro entre a ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira e a ministra Dilma Rousseff deu lugar nesta semana a uma disputa de poder que levou à exoneração de mais de 60 servidores do órgão.
Na segunda, 12 integrantes da cúpula do fisco assinaram um manifesto dizendo que a demissão de Lina, em julho, era um sinal de ingerência política no órgão. Afirmaram, também, que protestavam contra a "ruptura" no projeto implantado por ela, de cerco a grandes contribuintes. Nos dias seguintes, funcionários de outros postos de comando seguiram o gesto.
Repreendido pelo presidente Lula pela confusão na Receita, o ministro Guido Mantega disse ser uma "balela" a acusação de que houve recuo na política de fiscalização e acelerou a nomeação de substitutos. Os escolhidos não são do grupo de sindicalistas que foi levado para os cargos de direção na gestão de Lina. São, na maioria, técnicos que trabalharam em administrações anteriores e que, agora, vão atuar com os que sobraram da era Lina.
Resta a Otacílio Cartaxo, o novo secretário, o desafio de fazer com que esse time híbrido de assessores faça funcionar a máquina de arrecadação, que continua caindo apesar da recuperação da economia.


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