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Decoração é solução para mudar de casa sem mudar de endereço

Ambientes se transformam com referências à personalidade do dono

CHRIS CAMPOS
DE SÃO PAULO

Decoração despojada, multicolorida ou inspirada no cinema. Coleção de objetos étnicos ou dos anos 1950 garimpados em brechó. Paulistanos encontram soluções criativas para decorar suas casas sem mudar de endereço.

IDEIAS ILUMINADAS

Desde que comprou seu apartamento, há 15 anos, o dentista Paulo Watanabe, 46, decidiu aproveitar cada metro quadrado para contar um pouco de sua história.

A fase DJ é representada pelo equipamento de som na sala, acompanhado pelo projetor de imagens. Na sala de jantar, o lustre tem opção para luz negra em dias de festa. No banheiro, um fio de luzinhas de Natal confere ao

ambiente ares de camarim.

Paulo adora viajar e também é fotógrafo, o que justifica a escolha das imagens que ilustram seu cotidiano. "Sou muito observador, costumo levar para casa tudo o que me inspira", conta.

CASA RETRÔ

Quem chega de visita à casa da cabeleireira Ciça Schlinther, 45, tem a impressão de entrar em um túnel do tempo.

A sala de estar é inspirada nos anos 1950, com objetos curiosos e peças garimpadas em brechós. Uma imagem de Nossa Senhora Aparecida fica dentro de uma TV na estante.

Para dar mais cor ao lar, ela tem um conjunto de flores criado por amigos -uma espécie de instalação que já ornamentou seu salão de beleza.

Mas ela também gosta de pôr a mão na massa. "Adoro bordar e fazer coisinhas para a casa com as próprias mãos."

CENA DE CINEMA

Clássicos do cinema não passam apenas na TV do empresário Marcos Galgaro, 39. As referências estão por toda a casa, principalmente nos pôsteres que enfeitam a sala.

O mobiliário escolhido por Marcos ainda tem bonecos de personagens dos filmes "Cães de Aluguel" e "Scarface".

Na sala, os toques "de menino" -concreto aparente e bateria eletrônica, instrumento específico para videogame- são quebrados pelos caprichos da vendedora Natacha Lai, 35, com quem ele é casado. "Aos poucos vou adicionando objetos de mulherzinha", afirma ela.

DIVERSIDADE ÉTNICA

Os antropólogos Fany, 61, e Beto Ricardo, 61, visitam as aldeias do Xingu (PA) com frequência, e é dessa região que vem boa parte dos objetos que alegram a vida dos dois em território paulistano.

A coleção étnica está espalhada pela casa onde o casal vive desde 1987.

Sobre a mesinha da sala, miniaturas de objetos indígenas e bonecas mineiras contam histórias que eles querem manter vivas no dia a dia.

"Não gostamos de nada combinadinho. O segredo da harmonia está na diversidade", define Beto.

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