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Metrô de São Paulo manda paralisar as obras da linha 5-lilás

Companhia deu a ordem a empreiteiras após receber notificação da Justiça; suspeita é de fraude na licitação

Afastamento do presidente da empresa estatal, determinado por juíza, ainda não havia ocorrido ontem

DE SÃO PAULO

O Metrô de São Paulo determinou ontem a paralisação das obras de prolongamento da linha 5-lilás, entre as estações Adolfo Pinheiro e Chácara Klabin, na zona sul da capital.

A ordem às empreiteiras foi formalizada por carta após a estatal ser notificada pela Justiça sobre uma liminar concedida na sexta-feira passada -em ação movida pela Promotoria.

Devido à suspeita de fraude na licitação da linha 5, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti decidiu tanto pela suspensão dos contratos como pela saída do presidente do Metrô, Sérgio Avelleda.

Ontem, ele continuava no cargo porque, segundo a companhia, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos não havia sido notificada.

O Tribunal de Justiça informou ontem que não conseguiu localizar nem Avelleda nem Jurandir Fernandes (secretário da pasta) para notificá-los da decisão, que prevê multa de R$ 100 mil por dia pelo descumprimento.

A paralisação ordenada às construtoras atinge 11 quilômetros da obra, que está em estágio inicial.

A licença de instalação para a construção das estações só foi expedida pela Cetesb no dia 1º. As empreiteiras estavam terminando a demolição de 224 imóveis. A ordem da Justiça não abrange um dos lotes -entre as estações Largo Treze e Adolfo Pinheiro, parte de outro contrato.

INVESTIGAÇÃO

A investigação foi aberta após a Folha revelar, em 2010, que os vencedores eram conhecidos seis meses antes da abertura dos envelopes.

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) afirma que já entrou com recurso para tentar derrubar a liminar -informação não confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

O governador voltou a criticar a medida e a negar que haja prova de conluio. "Não se pode parar uma obra tão importante como é a linha 5. O governo não pode romper contrato sem um fato concreto, sob pena de pagar indenizações na Justiça elevadíssimas", diz Alckmin.

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