Desabamento interdita ponte dos Remédios

	Apu Gomes/Folhapress
	Ponte dos Remédios (zona oeste de São Paulo), que ficou interditada em parte do dia depois do desabamento de uma mureta no sentido Lapa

Parte da mureta e da calçada da ponte dos Remédios, na zona oeste, desabou ontem à 0h46, causando sua interdição total por quase 15 horas. Uma das pistas foi liberada, mas a outra deve ficar bloqueada ao menos uma semana.

A queda provocou lentidão nas marginais Tietê e Pinheiros e em rodovias próximas, como a Castello Branco. Não houve feridos nem veículos envolvidos. Segundo a prefeitura, a causa ainda é desconhecida.

A ponte -uma das principais ligações entre a capital e Osasco (Grande SP)-ficou totalmente interditada até as 15h15, quando a pista no sentido bairro, com três faixas, foi liberada. A outra, também de três faixas, deve ficar bloqueada ao menos uma semana.

A CET liberou a pista, que passou a funcionar em mão dupla, após técnicos avaliarem não haver risco de nova queda. A companhia também organizou desvios no trecho e a SPTrans desviou os itinerários de 15 linhas de ônibus.

O agente dos Correios Marco Antonio Guarato, 49, disse ter percebido na segunda-feira que a calçada da ponte pendia para um lado e balançava com a passagem de caminhões. "De tão torta, parecia que a gente ia cair no Tietê."

ACORDO

A ponte dos Remédios, erguida em 1962, passou por reforma de R$ 15 milhões em 1997 após mais de seis meses interditada por uma rachadura de 15 cm entre suas vigas.

Segundo a prefeitura, a obra foi feita só no tabuleiro -estrutura onde ficam as pistas- e não incluiu a calçada.

Em julho de 2007, já na gestão Gilberto Kassab (PSD), a prefeitura firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público que previa a recuperação estrutural na ponte até 28 de fevereiro deste ano.

Como o acordo não foi cumprido, a Promotoria notificou a prefeitura e agora analisa as justificativas recebidas no final de agosto.

A recuperação estrutural da ponte também está incluída na Agenda 2012, as metas fixadas para o mandato de Kassab. Consulta ao site do programa, ontem,mostra que as obras em 30 pontes e viadutos ainda nem foram licitadas.