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Maksoud vai a leilão, mas resultado fica congelado

Efeito da venda ficará suspenso até a Justiça julgar mérito de recurso impetrado por hotel

DE SÃO PAULO

Está mantido hoje o leilão do hotel de luxo Maksoud Plaza, marcado pontualmente para as 11h56, no Fórum da Barra Funda.

O leilão, com lance inicial de R$ 70 milhões, pretende arrematar o imóvel de 40 mil m², na Bela Vista (região central), para quitar dívidas trabalhistas da empresa.

Na noite de anteontem, o hotel entrou com mandado de segurança pedindo o cancelamento do leilão. A ação alega que as dívidas já foram quitadas com a arrematação de outro imóvel do grupo, em setembro, por R$ 37 milhões.

O TRT diz que esse valor não foi pago à vista - por enquanto, R$ 13,7 milhões já foram depositados.

O desembargador Luiz Antonio Moreira Vidigal, em liminar, manteve o leilão, mas suspendeu seus efeitos até o julgamento do mérito da ação.

Isso significa que, se alguém arrematar o hotel de luxo, pode correr o risco de ficar sem o imóvel quando a ação principal for julgada.

Em 2008, situação idêntica ocorreu. O hotel também foi a remate por dívidas trabalhistas e também houve uma liminar que afastou os compradores. Resultado: não houve nenhuma oferta no leilão.

Caso isso ocorra hoje, nada impede que o TRT decida por um novo leilão. Segundo o tribunal, além das dívidas de R$ 13 milhões que devem ser atualizadas, há ainda 19 processos que somam R$ 16 milhões, em valores desatualizados.

Somam-se a esses R$ 29 milhões os valores de cerca de cem processos contra a empresa em tramitação e com valores ainda desconhecidos.

O sistema do TRT ainda não é informatizado, daí a dificuldade de verificar todos os processos.

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