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Camelôs e Polícia Militar entram em confronto no Brás

Ambulantes foram impedidos de montar barracas no entorno da Feira da Madrugada; ônibus foi incendiado

DO “AGORA”

Cerca de 300 camelôs entraram em confronto com a Polícia Militar na madrugada de ontem, após serem impe­didos de montar barra­cas nas ruas do entorno da Feira da Madrugada, localizada na re­gião do Brás, no centro de SP.

Um ônibus, dois carros e uma loja foram incendiados.

Após desacatar a ordem da PM, os manifes­tantes fizeram barricadas com pedaços de madei­ra nas ruas do bairro e atearam fogo.

O Bata­lhão de Choque foi chamado. Balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram usadas contra os ambulantes na ação.

Segundo a polícia, os ma­nifestantes pararam um ôni­bus da linha 271F-Metrô Belém/Shopping Center Norte e obrigaram mo­torista e passageiros do veículo a descer.

Depois, colocaram fogo no ônibus. As chamas atingi­ram outros dois carros esta­cionados na rua, diz a PM.

Uma loja que vende enxoval de bebês, na esquina das ruas Maria Marcolina e Conselheiro Belisário, também foi incendiada no confronto. Para a polícia, o fogo foi provocado pelos manifestantes.

"A loja só será reaberta em um mês. Portanto, vou perder o Natal, a melhor época de vendas do ano", disse Pierre Dawalibe, dono do local.

Segundo o major Wander­ley Barbosa, seis homens fo­ram detidos -dois por desa­cato, dois por porte ilegal de armas e dois por terem in­cendiado o ônibus- e foram leva­dos para o 8º DP (Brás).

Dois revólveres calibre 38 foram apreendidos. O policiamento na região seria reforçado para 400 policiais na madrugada de hoje.

O presidente do sindicato dos camelôs, Leandro Dantas, afirmou que não participou da manifestação e que o protes­to não foi organizado pela entidade. "O sindicato tem que ser pacífico e negociar. Condeno o vandalismo."

PROTESTOS

Os camelôs ilegais protes­tam desde o fim de outubro contra uma operação da pre­feitura e da PM que impede a montagem de barracas na região. Eles pedem para permanecer nas ruas até o fim do ano. A pre­feitura diz que a operação vai continuar.

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