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Alberto Jorge Mendonça (1954-2011)

Tim Maia do handebol paraibano

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Como usava cabelo black power, tinha pele morena e uns quilinhos a mais, não deu outra: Alberto Jorge Mendonça, pela semelhança, passou a ser chamado de Tim Maia.

O apelido não o incomodava, pelo contrário: adorava o cantor. O uso do nome Alberto ficou restrito à família.

Saído da pernambucana Recife, cresceu em João Pessoa (PB), onde mais tarde iria receber o título de cidadão. Na cidade, chegou a estudar engenharia mecânica e química industrial, mas não concluiu nenhum dos dois cursos. Largou tudo para fazer educação física no Centro Universitário de João Pessoa.

Depois de se formar, trabalhou com futebol. Mas foi com o handebol, especialmente o feminino, que Tim Maia se consagrou na Paraíba.

Foi professor do colégio 2001, do Instituto João 23 e da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) na cidade.

Atuou ainda como técnico da seleção paraibana feminina de handebol por 17 anos, conta a família, e integrou a comissão técnica da seleção brasileira por seis anos.

Casado com a psicóloga Leda, teve dois filhos. Isabella, a filha fisioterapeuta, ganhou o nome em homenagem a uma atleta com quem Tim Maia trabalhara: Isabela Maroja, a primeira paraibana a ser convocada para a seleção.

Segundo a família, o técnico era engraçado e carismático. Seu sonho, não alcançado, era ter sido avô. Sua nora está grávida de dois meses.

Há seis anos sofria de uma doença crônica no fígado. Na sexta, seria internado para a retirada de um líquido abdominal. Sentiu-se mal antes e não resistiu. Morreu, aos 57, em decorrência da doença.

coluna.obituario@uol.com.br

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