Morumbi vai ganhar mais 11 bases da PM

O governo do Estado vai reforçar a segurança no Morumbi, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, onde seis pessoas foram assassinadas em menos de um mês.

"Teremos 11 bases comunitárias na região do Morumbi. Será o mais rápido o possível. Nossa previsão é janeiro", disse ontem o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo ele, os 11 equipamentos que irão para o Morumbi fazem parte de um lote de 200 novas bases comunitárias que o governo do Estado vai receber no mês que vem. Também chegarão 2.000 veículos, entre carros e motos, e ingressarão no serviço 1.660 policiais militares.

Moradores do Morumbi chegaram a fazer, nos últimos meses, protestos contra a violência no bairro, que sofre também uma onda de assaltos a residências.

Desde o fim de agosto, a área já recebe a operação Colina Verde da Polícia Militar, que conta o com o apoio de policiais de outras regiões da cidade. A PM diz que os índices de violência na região diminuíram desde o início da operação, que tem roubos e furtos como foco principal.

HOMICÍDIOS

O último caso de homicídio foi anteontem, quando um vigia e um suspeito de ser assaltante morreram durante uma troca de tiros em frente a um condomínio no bairro.

O vigia conversava com o motorista de um Gol quando, segundo a polícia, reagiu à suposta tentativa de assalto. Ele baleou o suspeito, mas também foi atingido.

A namorada do suposto ladrão disse à polícia que ele morava em Paraisópolis, favela vizinha do local do crime. Após o caso, a Polícia Militar chegou a fechar os principais acessos à favela, na tentativa de localizar outro suspeito de participar do tiroteio.

Somente entre janeiro e outubro deste ano, a região teve 17 homicídios registrados pela Polícia Civil, segundo estatística oficial divulgada pelo governo, sem contar as 17 tentativas de homicídio.

Não estão contabilizados os seis mortos desde o início de novembro.

Apesar do número considerado alto, a região não está entre as áreas mais violentas de São Paulo. Campo Limpo, Parque Santo Antonio e Capão Redondo tiveram, cada um, mais que o dobro do número de homicídios registrados no Morumbi em 2011.