Prefeitura não explica suspeitas em contrato

Os bens do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), estão bloqueados há dez dias por decisão judicial e a prefeitura ainda não explicou as principais suspeitas do Ministério Público na contratação da Controlar para a inspeção veicular.

As poucas explicações até agora são contraditórias.

Além de Kassab, o secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV), o assessor da pasta Hélio Neves, diretores e empresas ligadas ao serviço também estão com os bens bloqueados.

A Justiça determinou, ainda, que a prefeitura faça nova licitação em dez dias. O prazo para recurso termina entre o Natal e o Ano-Novo.

A Folha listou todas as dúvidas e encaminhou na quinta-feira para a assessoria de imprensa da prefeitura pedindo explicações. A resposta foi que a administração vai apresentar os esclarecimentos apenas à Justiça.

A principal contestação é que a prefeitura não poderia ter, em 2008, "ressuscitado" um contrato assinado na década de 1990. Pareceres das secretarias do Verde e Negócios Jurídicos recomendavam que o contrato fosse descartado, mas Kassab insistiu.