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Radar privado aponta rua onde irá chover

Equipamento é mais preciso que o utilizado pelo poder público para monitorar tempestades hoje na Grande São Paulo

Prefeitura da capital usa aparelho que foi implantado em 1989; Estado prepara compra de outro mais moderno

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

O setor privado tem ferramentas tecnológicas de previsão do tempo mais modernas que as esferas públicas para enfrentar as chuvas de verão, que começam a atingir a Grande São Paulo.

O investimento público no setor está atrasado, tanto que o governo do Estado tenta finalizar a compra de um novo radar, que, porém, só deverá entrar em operação na próxima temporada de chuvas.

O Estado e a prefeitura fazem suas previsões com base no radar do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que funciona em Salesópolis (Grande SP).

Instalado em 1989, esse aparelho prevê chuva em determinada região, mas não pode ter precisão maior.

O equipamento mais moderno para fazer previsão do tempo na Região Metropolitana de São Paulo hoje é totalmente privado -ele rastreia as nuvens e pode apontar em que rua irá chover.

Com tecnologia nacional, o equipamento custou R$ 8 milhões e vai enfrentar a sua primeira temporada de chuvas baseado em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo).

Todo o projeto demorou um ano e meio. Financiado pela Porto Seguro, que usa as informações para reduzir prejuízo com veículos levados pelas águas, o radar nasceu de uma parceria da Somar Meteorologia com a Atmos, uma das duas montadoras destas máquinas no país.

A outra é a Iacit, de São José dos Campos, que acaba de instalar um radar moderno no Ceará, em parceria do governo do Estado e da União (leia texto nesta página).

A grande novidade do sistema paulista, segundo a Somar, é poder prever a chuva com antecedência de uma hora e meia a 30 minutos. Pode prever, inclusive, se haverá queda de granizo ou não.

"É possível ver em um bairro quais avenidas e ruas serão as mais atingidas", afirma Marcel Rocco, gerente de tecnologia da Somar.

ADEQUADAS

"Temos ferramentas adequadas. Desconheço o funcionamento desse radar [privado]. A precisão que eles estão vendendo é grande", diz Hassan Barakat, meteorologista do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), órgão do sistema de emergência da prefeitura.

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