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PM baleado e morto havia cedido colete a cinegrafista

Sem proteção, major negociava com ladrão

GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

A morte do major da PM Sandro Moretti Silva Andrade, 46, na negociação em um assalto com reféns na zona sul de SP, causou polêmica.

Ele morava no quartel do 1º Batalhão. No fim do expediente, ao saber do assalto no Jardim Regina, foi para o local, sem o colete.

Lá, cedeu dois coletes a cinegrafistas da TV Bandeirantes achando que ajudariam a tranquilizar o ladrão.

Mas o ladrão Osmar José Soares, 30, usou os reféns como escudo e atirou. Um projétil atingiu o braço do major e parou na região torácica. Foi fatal. Outro perfurou o colete do soldado César Cavalcanti e feriu sua barriga. O ladrão foi baleado e morreu.

Segundo os reféns, Soares dizia que não se entregaria.

A PM vai apurar por que o major não usou colete, que é obrigatório. Segundo a PM, mesmo com colete ele seria baleado, pois o equipamento não protege os braços.

O major, com 26 anos de carreira, deixa três filhos. "Morreu como herói. Tentou salvar a vida dos reféns", disse o porta-voz da PM major Marcel Soffner.

A TV Bandeirantes diz que a equipe estava na região e foi convocada para ajudar, já que o ladrão exigia a presença da imprensa. Diz ainda que suas equipes sempre usam coletes "para operações de risco".

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