Paralisação afeta conexões em Cumbica

Os funcionários terceirizados pela Polícia Federal que atuam no aeroporto de Guarulhos entraram em greve na noite de anteontem.

A greve afetou os setores de passaporte no embarque e no desembarque nos dois terminais do aeroporto.

Cerca de 500 dos quase 8.000 passageiros que desembarcaram das 5h até as 10h de ontem perderam voos de conexão por causa da fila do passaporte.

A estimativa é do representante das empresas aéreas no grupo de coordenação de gestão do aeroporto, Hugo Lopez. "Os passageiros foram reacomodados em outros voos", afirmou.

Para substituir os funcionários, a PF enviou 12 policiais aos dois terminais de passageiros -cada um possui 36 guichês (somadas as posições de embarque e desembarque).

Os funcionários reclamam não terem recebido o salário de novembro e o décimo terceiro. A Folha não conseguiu localizar ontem os representantes da Skyserv, empresa que tem sede em Fortaleza.

A Skyserv foi contratada em janeiro pela PF, mas não é a primeira vez que ocorrem problemas. Em abril, a PF ameaçou romper o contrato, pois a empresa não estava fornecendo o número suficiente de funcionários.

Atualmente, 240 funcionários trabalham na imigração em Guarulhos, divididos em quatro turnos de trabalho.

Os profissionais responsáveis pelo controle de imigração no principal aeroporto internacional do país ganham cerca de R$ 700.

Ontem à noite, a PF divulgou nota afirmando ter adotado um plano com "substituição de grevistas por servidores de outras unidades da PF para garantir a normalidade do controle migratório".

A PF diz ainda que o reforço será mantido "até que seja solucionado o problema". A empresa Skyserv pode ser multada ou perder o contrato por causa da interrupção do serviço em Cumbica.