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Câmara dá salário maior ao 2º escalão de Kassab

Já perto da madrugada, vereadores aprovam reajuste salarial de até 236%

Subprefeitos poderão receber R$ 19.294; opositor critica e diz que prefeito cria um 'cabide de emprego'

JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO

A Câmara aprovou ontem, por 37 votos a 11, às 23h47, projeto de lei do prefeito Gilberto Kassab (PSD) que reajusta os salários do seu segundo escalão em até 236%.

O benefício, aprovado em segunda votação, precisa agora só da sanção do prefeito e atinge cerca de cem cargos e deve implicar custo extra anual de R$ 20 milhões.

Em percentual, a maior alta será do salário dos secretários-adjuntos, que irá de R$ 5.455 para R$ 18.329. A gestão Kassab tem 29 secretarias.

Os 31 subprefeitos terão a sua remuneração elevada de R$ 6.573 para R$ 19.294 (193,5%). Os salários dos chefes de gabinete irão de R$ 5.455 para R$ 17.364 (218,2%).

Neste ano, vereadores, o próprio Kassab e os secretários tiveram reajuste salarial.

Segundo Aurélio Miguel (PR), o aumento serve para o prefeito dar cargos a seu novo partido, PSD, e aliados. "É cabide de emprego."

Já Adilson Amadeu (PTB) diz que a questão é se os ocupantes têm competência. Vejo muita gente sem preparo."

Para o vice-líder do governo, Dalton Silvano (PV), e Carlos Apolinario (DEM), os salários pagos hoje são inadequados. "Não é aumento. É enquadramento dos salários nas reais responsabilidades dos cargos", diz Silvano.

"O subprefeito gerencia região com, em média, 400 mil moradores. Quantas cidades têm isso?", diz Apolinario.

Já Wadih Mutran (PP) utilizou outro argumento. "Tem de pagar bem para evitar corrupção nas subprefeituras."

Ao enviar o projeto, Kassab disse que a meta era ter bons nomes. "É preciso salários mais atraentes e competitivos com a iniciativa privada."

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