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Arquitetas criticam opção por via elevada EDUARDO GERAQUEDE SÃO PAULO Construir vias elevadas, como a do monotrilho, não é instrumento eficiente de planejamento urbano, diz Regina Meyer, arquiteta e professora da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), da USP. De acordo com ela, cidades que fizeram construções como estas no passado, principalmente nos Estados Unidos, estão abandonando estes projetos. Chicago ainda tem um metrô que cruza o centro da cidade por via aérea. "Mas parece um trem fantasma", diz a arquiteta. Para a pesquisadora da USP, o mais interessante, para deixar a cidade mais viva, é fazer como algumas cidades europeias. "O sistema instalado na cota zero [nível da rua] me agrada mais. Existe uma negociação interessante com o pedestre, que já caminha neste nível", diz a pesquisadora. É o que é feito em cidades como Lisboa, Barcelona e Genebra. "As vias elevadas deixam um espaço perdido sob elas, que ficam parecendo terra arrasada." No caso do monotrilho da zona leste, a arquiteta Áurea Mazzetti, diretora do sindicato dos arquitetos do Estado de São Paulo, levanta outro problema. "O ônus causado pela obra acaba não compensando. O monotrilho não vai atender a alta demanda de passageiros que existe na região", afirma. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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