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Após morte de cinegrafista, favela continua ocupada pela PM

DIANA BRITO, DO RIO

10h21 - Ao menos um fuzil AR-15 foi apreendido após a morte do repórter cinematográfico da TV Bandeirantes Gelson Domingos da Silva, 46, na favela de Antares, em Campo Grande, zona oeste do Rio. Domingos foi assassinado na manhã de domingo (6) com um tiro de fuzil supostamente disparado por um traficante durante confronto com a Polícia Militar.

A operação policial terminou na noite de domingo, com quatros suspeitos mortos e nove presos. Além do fuzil, a polícia apreendeu três pistolas, quatro carregadores de fuzil, três carregadores de pistola, cinco rádios transmissores, 2.000 papelotes de cocaína, 100 pedras de crack, 13 frascos de lança-perfume (loló), 1.500 porções de maconha, 10 motos, um celular e R$ 3.154.

O objetivo da ação era checar informações da área de Inteligência do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do Batalhão de Choque de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local. No entanto, apenas o suspeito Renato José Soares, conhecido como "BBC", apontado como gerente do tráfico, estava entre os presos.

Não foi registrado tiroteio na região na madrugada desta segunda-feira. No início da manhã, homens do Bope, do Batalhão de Choque e do 2º CPA (Comando de Policiamento de Área) reforçaram o policiamento na favela.

#cdata#<table class="image p_center" style="width: 550px"><tr><td class="fo1c">Reprodução/TV Globo </td></tr><tr><td><img src=" http://f.i.uol.com.br/folha/cotidiano/images/11310408.jpeg" alt=" " border="0" ></td></tr><tr><td class="fo1l">Cinegrafista Gelson Domingos, da TV Bandeirantes, é socorrido por policiais após ser baleado no Rio</td></tr></table>#/cdata#

O corpo do cinegrafista Gelson Domingos será enterrado nesta segunda-feira no cemitério Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária do Rio. A cerimônia está marcada para as 15h.

De acordo com o Grupo Bandeirantes, que lamentou a morte do funcionário, Silva deixa três filhos, dois netos e esposa.

Antes de trabalhar para a Band, ele tinha passado por outras emissoras, como SBT e Record. Integrava a equipe da TV Brasil havia dez anos, e na emissora estatal conquistou um Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, com o trabalho "Pistolagem", sobre assassinatos na região Nordeste. Nos últimos dois meses, conciliava a estatal com a TV Band, no programa "Brasil Urgente Rio".

Segundo a empresa, "sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia". "O Grupo Bandeirantes se solidariza com a família e está prestando toda a assistência", diz a nota.

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