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15 faculdades são tops em avaliação federal desde 2007

Escolas de ensino superior conseguiram atingir nota máxima nos últimos quatro anos, de acordo com MEC

Oito das instituições são públicas e sete, privadas; número das sucessivamente reprovadas é de 226

DE SÃO PAULO

Avaliação de universidades divulgada anteontem pelo Ministério da Educação apontou que 15 escolas conseguiram obter a nota máxima nos últimos quatro anos.

Com seis instituições, São Paulo é o Estado mais presente nessa lista (Unifesp, ITA, FGV, Facamp, Famerp e Mandic). O ensino superior brasileiro possui 1.800 escolas analisadas, com base em 2010, último ano divulgado.

Chamada de IGC (Índice Geral de Cursos), a avaliação federal considera o desempenho dos alunos numa prova (Enade), a qualidade docente (proporção de doutores), as notas da pós-graduação, entre outros itens.

A escala vai de 1 a 5. As que tiram 4 ou 5 possuem liberdade para criar vagas. As 1 e 2 devem prestar contas ao Ministério da Educação e podem sofrer intervenção.

Entre as 15 que ficaram com nota 5 nos quatro ciclos de avaliação, 8 são públicas, e 7, privadas -faculdades focadas em uma área, como as escolas de administração da FGV-SP e Facamp ou a de odontologia São Leopoldo Mandic (sede em Campinas).

Se expandida a lista para as instituições que tiraram 4 ou 5 desde 2007, o montante sobe para 72 instituições.

Algumas faculdades podem ter ficado fora da tabulação feita pela Folha, pois o ministério não divulgou dados suficientes para comparar instituições homônimas.

OPOSIÇÃO

No outro extremo da lista do IGC estão 226 instituições que tiraram as notas mais baixas (1 ou 2) desde 2007, conforme a Folha revelou em sua edição de ontem.

Os dados divulgados mostraram também que a melhor universidade do país foi a Unicamp, que entrou na avaliação pela primeira vez em 2010 -além das universidades, há mais duas categorias administrativas: centros universitários e faculdades.

Um diferencial das escolas estaduais, incluindo a Unicamp, é que fica a critério delas obrigar ou não o aluno a fazer o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). Muitas não obrigam.

Já o sistema educacional nacional prevê que a União é diretamente responsável pelas universidades privadas e federais. Nestas, se o aluno não comparece ao Enade, não pode pegar o diploma.

"O sistema fica extremamente desigual. Como nas estaduais é optativo, pode ser que apenas os alunos motivados façam a prova", disse o diretor-executivo do Semesp (sindicato das privadas de SP), Rodrigo Capelato.

"Além disso, como são obrigados, estudantes das privadas ainda podem ir e boicotar", completou.

O coordenador-geral da Unicamp, Edgar de Decca, afirmou que impor as provas aos seus estudantes iria ferir sua autonomia universitária.

Ainda com base nesse princípio de autonomia, a USP preferiu não aderir ainda ao sistema federal de avaliação.

A universidade negocia com o MEC a entrada, mas entende que seus pedidos não foram plenamente atendidos.

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