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Pena de morte é defendida por 50%
DA REPORTAGEM LOCAL
A parcela da população brasileira que defende a pena de morte
não se alterou nos últimos anos,
segundo pesquisa Datafolha. O
que cresceu foi o percentual dos
entrevistados que acredita que a
violência tem de ser prevenida
mais pelo combate ao desemprego e melhoria da educação do que
pela repressão policial.
Na pesquisa realizada em dezembro passado, 50% dos entrevistados declaram-se favoráveis à
pena de morte. Os contrários chegaram a 43%. Do restante, 3% se
declaram indiferentes e 4% não
souberam opinar.
O percentual dos favoráveis à
pena de morte praticamente não
se alterou nas últimas pesquisas
- 49% em março de 2003, 51%
em fevereiro de 2002 e 48% em junho de 2000.
Na pequena diferença entre os
índices também tem de ser levada
em consideração a margem de erro no processo de amostragem. A
da última pesquisa, por exemplo,
foi de dois pontos percentuais,
para mais ou para menos.
Para 69% dos entrevistados, a
melhor maneira de decidir a adoção ou não da pena de morte seria
por meio de um plebiscito. Outros 23% disseram que a questão
deveria ser decidida por uma votação no Congresso.
Mas, se as opiniões sobre a pena
de morte permanecem inalteradas, é na discussão sobre a prevenção à violência que a pesquisa
de dezembro registrou uma mudança considerável.
Dos 12.180 entrevistados, 64%
defenderam o combate ao desemprego e a melhoria na educação
como prioridades. É o maior índice dos últimos anos -foram 58%
em setembro de 2002 e 58% em
junho de 2000.
O item que estabelece o aumento do número de policiais treinados e equipados como prioridade
no combate à violência sofreu
uma tendência inversa.
Dos entrevistados em dezembro passado, 32% optaram por
essa prioridade, o menor índice
desde 2000. Nas três pesquisas anteriores, esse item tinha sido defendido por 38% das pessoas.
Na pesquisa de dezembro, defenderam a priorização do combate ao desemprego e melhoria
na educação principalmente os
entrevistados com nível superior
de escolaridade e os com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos.
O aumento do número de policiais foi defendido prioritariamente por entrevistados com ensino fundamental e pertencentes
às classes D e E.
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