São Paulo, sábado, 01 de janeiro de 2011

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OSWALDO DARIO (1929-2010)

Vestia as noivas e dava conselhos para a felicidade

JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO

O economista Oswaldo Dario dedicou-se a ensinar contabilidade em Santo André e a vestir noivas na Ladeira Porto Geral. Na loja Dawil (união do seu sobrenome com o da mulher Wilma, com quem viveu por 52 anos) vendia tecidos para vestidos de noivas, mas gostava era de aconselhá-las para que tivessem uma união feliz.
Como professor, foi eleito paraninfo oito vezes. Sua relação com os alunos era tão próxima que, quando algum deles desistia do curso, Dario ia a sua casa para interceder.
"Naquela época, muitos pais achavam que os filhos deveriam só trabalhar. Ele os convencia do contrário. Quando o problema era financeiro, conseguia bolsas de estudo", conta a mulher.
Nos últimos anos foi acometido pelo mal de Parkinson e passou a depender dos cuidados de Wilma.
No entanto, no começo da doença, foi muito presente na vida da sobrinha Silvia. Compartilhavam o amor pelo Palmeiras e pelos animais.
"Em 1999, fomos a diversos jogos na campanha rumo ao título da Libertadores. Comemoramos nos arredores do Palestra Itália. Eram 3h da manhã. E é essa a imagem que guardo dele: alegre e brincalhão", conta Silvia.
No último dia 22, já bastante debilitado, jantou seu mingau de aveia, como fazia todas as noites e foi dormir. Não acordou mais. A mulher comenta que ele, amante dos animais e devoto de São Francisco de Assis, morreu ""como um passarinho".
Deixou três filhos, sete netos, dois cães, um gato e muitos amigos e admiradores.

coluna.obituario@uol.com.br


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