|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRANSPORTES
Empresas de ônibus não apresentam propostas para nova contratação emergencial; prefeitura não se manifesta
Viações podem rodar hoje sem contrato
DA REPORTAGEM LOCAL
Os empresários de ônibus de
São Paulo não tinham apresentado até ontem os envelopes para a
assinatura da terceira contratação
emergencial do transporte no governo Marta Suplicy (PT), e as
viações poderão operar a partir de
hoje sem nenhuma vinculação
formal com a prefeitura.
Os contratos emergenciais que
estavam em vigor venceram ontem, seis meses depois de terem
sido assinados. A SPTrans (São
Paulo Transporte, órgão que cuida do setor) havia marcado para a
última quarta a entrega das propostas, mas ninguém apareceu.
A Secretaria dos Transportes e a
SPTrans foram procuradas pela
Folha para dizer se haveria alguma alternativa ou negociação para a assinatura dos contratos, mas
informaram, no final da tarde,
que não se manifestariam.
A assessoria do Transurb (sindicato das empresas de ônibus)
também foi contatada no final da
tarde, mas informou não ter localizado os diretores da entidade.
Na avaliação de empresários do
setor ouvidos pela reportagem, a
operação das viações sem os contratos, se for concretizada, sugere
a existência de clandestinidade e
deixa a prefeitura em situação frágil para aplicar penalidades.
Os novos contratos teriam duração de seis meses, mas poderiam ser interrompidos após a
conclusão da licitação do novo
sistema de transporte. Eles previam uma mudança na forma de
remuneração, reduzindo de 30%
para 20% os pagamentos por custo fixo e elevando de 70% para
80% os por número de usuários.
Em julho passado, quando venceram os primeiros emergenciais,
as viações também articularam
um "boicote" -na época, os pagamentos por passageiro passaram de 35% para 70%, e os por
custo, de 65% para 30%. A pendência durou do dia 21 ao dia 31.
Greve
Cerca de 200 mil paulistanos ficaram sem transporte ontem devido à paralisação dos motoristas
e cobradores de ônibus das viações América do Sul e Cidade Tiradentes, que operam na zona leste. Dois ônibus foram queimados
e 23, danificados, com pneus furados e os vidros quebrados. A greve deverá continuar hoje, já que a
categoria diz que só voltará ao trabalho depois do pagamento do
vale-alimentação e das férias.
Segundo a SPTrans, por causa
do risco de confrontos e depredações, não foi possível implantar
um plano emergencial para compensar a falta de ônibus.
Texto Anterior: Há 50 anos Próximo Texto: Comércio ilegal: Promotoria vai acompanhar caso na Câmara Índice
|