São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2009

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Direito da USP recorre a ex-alunos para bancar obras

Faculdade já arrecadou R$ 450 mil em doações para reforma de prédio principal

Prédio de 11 andares em fase de desapropriação dará origem a biblioteca; outro anexo está sendo reformado com R$ 4 milhões da reitoria

Tuca Vieira/Folha Imagem
Área interna da Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, centro de SP; doadores vão de Dalmo Dallari a Lygia Fagundes Telles

DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no largo São Francisco, está arrecadando dinheiro entre ex-alunos para reformar e equipar seu prédio principal, construído em 1936.
Com doações individuais sugeridas em R$ 1.000, já teve 408 adesões, que somam cerca de R$ 450 mil. Planeja construir seis salas de aula com lousa eletrônica e bancadas individuais (R$ 250 mil cada uma), reformar o salão nobre (R$ 800 mil a R$ 1,5 milhão, a depender das benfeitorias), fazer banheiros no segundo piso (R$ 500 mil), entre outros ajustes.
Representantes de dois ex-alunos bem sucedidos fizeram doações expressivas. O escritório de advocacia Pinheiro Neto e herdeiros do banqueiro Pedro Conde (1922-2003) bancaram obras que já estão em andamento: um auditório, uma sala de aula modelo e banheiros novos (com piso de mármore ou granito branco). O custo total é estimado em R$ 2 milhões.
"O projeto não é só de dinheiro, mas de congraçamento entre quem estudou aqui, para que a faculdade seja um centro irradiador de conhecimento", diz João Grandino Rodas, diretor da faculdade, que refuta a ideia de que a "vaquinha" possa abrir precedente para que o governo reduza investimentos (leia entrevista na página C4).
Há também dinheiro público na repaginação. A reitoria da USP liberou quase R$ 4 milhões para a reforma (já em curso) do segundo anexo do prédio, que abrigará funções administrativas.

Biblioteca
A Faculdade de Direito também criará uma biblioteca em terceiro prédio anexo, de 11 andares, que está em processo de desapropriação. A consulta ao acervo, que continuará aberta ao público, também poderá ser feita aos finais de semana.
Outra mudança "para muito breve", diz Rodas, é a reforma do próprio largo São Francisco. "A Prefeitura de São Paulo plantará palmeiras e trocará a calçada", diz Rodas.


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