São Paulo, terça-feira, 01 de fevereiro de 2011

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RJ registra sua menor taxa de homicídios

Com redução de 17,7% em relação a 2009, índice de 2010 ficou pela 1ª vez abaixo de 30 casos por 100 mil habitantes

Secretário atribui queda a UPPs e a prêmio para policiais, mas pondera que situação está "longe do que espera chegar"

DO RIO

O Rio registrou no ano passado a menor taxa de homicídios desde 1991, quando começou a ser feita a estatística da criminalidade no Estado.
Foram 4.768 assassinatos -uma taxa de 29,8 casos por 100 mil habitantes.
Pelos dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) divulgados ontem, houve queda de 17,7% dessas mortes violentas em 2010, comparado ao ano anterior.
É a primeira vez que a taxa fica abaixo de 30, mas ainda permanece muito acima dos 10 casos por 100 mil habitantes, início de uma situação de "violência epidêmica" na avaliação da OMS (Organização Mundial da Saúde).
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, atribuiu a redução ao projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e ao programa de premiação de policiais por alcance de metas.
"O Rio ainda está longe do que a gente espera chegar", disse Beltrame, ao afirmar que a estratégia usada contra os homicídios acabou reduzindo outros tipos de crime. "E faz com que a percepção da violência melhore", disse.
A redução superou a meta de queda de 6,33% nos homicídios, estipulada no início do ano pela pasta. O órgão espera chegar a 2014 com uma taxa de 22,9 assassinatos por 100 mil habitantes. Essa meta pode ser reduzida em função do resultado de 2010.
O secretário afirmou que, apesar do bom resultado, os projetos da pasta devem ser revistos "a todo momento".
"Vai ficar cada vez mais difícil reduzir esses percentuais. Uma das fases de execução do projeto é estar a todo momento fazendo revisões", disse o secretário.
Beltrame afirmou que os projetos da secretaria têm como objetivo que as polícias "mudem a sua lógica".
Ao comentar a redução de 18,5% dos autos de resistência (mortos em confronto com a polícia), ele afirmou que a polícia está saindo "de uma lógica de confronto e de guerra e vindo para uma de prestação de serviços".
Foi no início da gestão do secretário que o Rio registrou o maior número de mortes provocados pela polícia (1.330), caindo nos anos seguintes. (ITALO NOGUEIRA)


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