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PMs são presos acusados de ajudar autores de disparos no Pacaembu
Suspeito de integrar quadrilha também foi detido após trocar tiros com policiais
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Suspeitos de dar proteção,
fornecer armas e informações
privilegiadas sobre as ações da
polícia aos criminosos que trocaram tiros com policiais civis
perto de uma feira livre que
acontece na porta do estádio do
Pacaembu (zona oeste), na sexta-feira, dois PMs foram presos
ontem no Jardim Jaguara,
também na região oeste.
A prisão ocorreu quando investigadores do Deic (Departamento de Investigações Sobre o
Crime Organizado), ao qual
pertencem os policiais que
atuaram no estádio, estavam
prestes a encontrar um dos integrantes do grupo criminoso.
Na sexta-feira, pelo menos
oito criminosos, alguns deles
armados com fuzis, pistolas e
usando coletes da Polícia Federal, enfrentaram os policiais.
Depois da fuga, os investigadores começaram a procurá-los tendo como base os dois veículos -um Corsa branco e um
Classe A preto, ambos com a
documentação em ordem-
deixados no Pacaembu.
Os PMs Júlio César Ferraz
Fagundes (há sete anos na corporação) e Djair de Andrade
Napoli (há nove), lotados no 4º
batalhão, na Lapa (zona oeste),
estavam com Marcos Antônio
da Silva, um dos suspeitos de
integrar a quadrilha.
Napoli foi flagrado em uma
escuta telefônica quando pedia
dinheiro a Silva, no dia 16. Os
PMs também disseram ao procurado que já eram investigados pela Corregedoria.
Ontem, no Jardim Jaguara,
Silva -que é investigado por suspeita de integrar a facção criminosa PCC- e outros quatro homens trocaram tiros novamente com os policiais do Deic, mas
ele acabou preso.
Ao saber do tiroteio, os dois
PMs foram até o local afirmando que "iriam dar apoio" aos investigadores e também acabaram presos em flagrante.
Até a noite de ontem, nenhum dos três presos havia
constituído advogado.
A coronel Maria Aparecida
Yamamoto, porta-voz da PM,
disse que os dois PMs foram
presos em flagrante por formação de quadrilha e já respondem a processo para expulsão.
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