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SEGURANÇA
Parceria terá como base os dados de ocorrências policiais, aos quais a ex-prefeita Marta alegava não ter tido acesso completo
Prefeitura e Estado farão ações integradas
DA REPORTAGEM LOCAL
As equipes do prefeito José Serra (PSDB) e do governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciaram
ontem uma série de ações integradas para combater a violência.
Subprefeituras, a Guarda Civil
Metropolitana e as polícias Civil e
Militar vão trabalhar juntas em
operações regionais semelhantes
à feita na "cracolândia", no centro
da cidade de São Paulo.
A parceria inclui o repasse de
informações do Infocrim (base de
dados informatizada das ocorrências policiais) às subprefeituras
para que elas possam orientar políticas públicas e intervenções urbanas, como iluminação de ruas e
atendimento social. A dificuldade
de acesso aos dados do Infocrim
era uma reclamação recorrente da
administração da ex-prefeita
Marta Suplicy (PT).
Segundo o secretário das Subprefeituras, Walter Feldman, os
departamentos municipais também ajudarão a polícia a identificar as principais causas da violência nas regiões da cidade. "Vamos
criar uma estrutura de segurança
integrada, possivelmente com um
conselho gestor", disse Feldman.
Ontem, ele e o secretário de Estado da Segurança Pública, Saulo
de Castro Abreu Filho, comandaram um encontro que reuniu representantes de todas as partes
envolvidas no projeto de integração. Saulo se comprometeu a
atender imediatamente às demandas dos subprefeitos da capital. Feldman pediu que eles passem a freqüentar regularmente as
reuniões dos Consegs (Conselhos
Comunitários de Segurança).
O próximo passo é a realização
de reuniões regionais entre os comandos policiais e da guarda civil
e os subprefeitos. As operações
focalizadas serão feitas, segundo
Feldman, a partir do momento
em que os problemas forem sendo diagnosticados pelo grupo.
Desencontros
Na época em que a prefeitura estava sob o comando de Marta, a
cidade nunca conseguiu acesso
completo aos dados do Infocrim.
A liberação das informações criminais obtidas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública foi
adiada três vezes pelo Estado.
A "demorada novela" da assinatura do convênio entre a prefeitura petista e o governo tucano
-como qualificou o então secretário municipal de Segurança Urbana, Benedito Mariano- acabou em março de 2003, mas logo
deu lugar a outra.
Reduzidas a poucos mapas, as
informações foram consideradas
insuficientes pela prefeitura. "É
um acesso extremamente limitado", reclamou na época Mariano.
"Não há condições de traçar estratégias para a Guarda Civil Metropolitana. Com essa versão do
Infocrim, é impossível fazer um
planejamento estratégico preventivo."
(CONRADO CORSALETTE)
Colaborou a Redação
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