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Rio recruta pediatras de outros Estados para atuar contra dengue
Com mais 13 mortes confirmadas pela Secretaria Municipal de Saúde ontem, número de vítimas no Estado chega a 67
Secretário estadual de Saúde pediu médicos ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde e ao Conselho
Nacional de Medicina
MALU TOLEDO
DA SUCURSAL DO RIO
A Secretaria Municipal de
Saúde do Rio confirmou ontem
mais 13 mortes por dengue na
cidade. Cinco vítimas tinham
menos de 12 anos -das 44 mortes registradas no município
até agora, 23 são crianças. As
demais eram cinco idosos e três
adultos. Com isso, o número de
mortos no Estado passa de 54,
confirmados nos últimos dados
da Secretaria de Estado de Saúde, para ao menos 67.
Diante da gravidade da crise
no atendimento às vítimas da
epidemia no Rio, com a falta de
pediatras nos hospitais e nas
emergências, o governo do Rio
resolveu pedir socorro a outros
Estados e recrutar pediatras
para que ajudem no atendimento às crianças com dengue
no município. O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes,
chamou de "medicina de catástrofe" o esquema montado para
dar suporte à epidemia.
Côrtes disse que precisa de
pelo menos mais 154 médicos.
Os profissionais serão contratados por R$ 500 por plantões
de 12 horas e irão trabalhar em
três tendas de hidratação que
ainda não foram abertas. O custo da contratação de emergência será de R$ 616 mil por mês
em salários para o Estado.
O secretário entrou ontem
em contato com o Conselho
Nacional de Secretários de Saúde e, na quinta-feira, fará uma
reunião com secretários de outros Estados sobre a epidemia.
Solicitou ainda ao Conselho
Nacional de Medicina que chame médicos de outros Estados
que queiram atuar no Rio.
Está prevista para hoje a
abertura de 92 leitos de enfermaria para dengue no hospital
Anchieta, no Caju, na zona norte do Rio de Janeiro.
Postos
Outros três postos de hidratação, que dependem da chegada dos pediatras de outros Estados, serão instalados em
frente ao hospital Getúlio Vargas, na Penha, e em Del Castilho (ambos na zona norte) e na
Gávea (zona sul). Segundo o secretário, a estrutura para esses
três pontos já está montada.
Côrtes disse que as tendas de
hidratação são centros de referência para a dengue.
A intenção é que os pacientes
com sintomas sejam transferidos dos hospitais para as tendas, onde serão submetidos a
hemograma para a contagem
de plaquetas no sangue e, se necessário, encaminhados para a
hidratação. Mesmo quem não
for diagnosticado com dengue
deverá voltar às tendas para um
novo teste no dia seguinte.
Os médicos receberão treinamento de seis horas da sociedade pediátrica do Rio, segundo Côrtes, e poderão fazer
quantos plantões quiserem,
desde que façam um intervalo
de 24 horas entre um e outro.
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