São Paulo, sexta-feira, 01 de abril de 2011

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FOCO

Grafite que inspirou colunista era um pedido de desculpas

CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Está desvendado o mistério que inspirou o colunista da Folha Antonio Prata, publicado na semana passada.
O muro, de dois metros de altura por 12 de largura, na rua Abegoaria, na Vila Madalena, chamou a atenção do escritor por causa da declaração pintada: "Julia Fusco é uma moça adorabilíssima", carregada por um pássaro vermelho -com mãos, pés, orelha e um bico pontudo.
Prata não via a imagem desde o ano passado, mas ela o marcou. Ao escrever de memória, só confundiu o superlativo: na crônica, disse que a palavra escolhida pelo grafiteiro era "agradabilíssima". "Mas acho as duas palavras agradabilíssimas", brinca.
Julia Fusco não recebeu uma declaração de amor, como imaginou o escritor, mas uma homenagem de seu cunhado, Deco Farkas, 25, que faltou a uma festa de aniversário, em maio e, para compensar, fez a arte.
"Descobri a pintura pelo meu padrinho, que ligou depois de ter passado na frente, e fui correndo ver. Fiquei feliz e lisonjeada", disse.
A ave "simpática e desengonçada", meio pinguim meio tucano, como descreveu Prata, sobreviveu até um mês atrás, quando foi forrada pela tinta cinza da prefeitura.
Há duas semanas, os grafiteiros Zumi, Xito Las e Zika já ocuparam o espaço.
"Eu me senti muito honrado pela crônica. Ver o poder que tem a tinta no muro, a repercussão que ganhou", diz Farkas, que já fez cerca de 200 pinturas pela cidade, assinadas como Treco, e já ilustrou duas capas da Ilustríssima, inclusive no domingo passado.


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