São Paulo, segunda-feira, 01 de maio de 2000


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POLÍCIA

Cerca de US$ 2,5 milhões falsos foram encontrados em SP e no PR

PF faz apreensão recorde de dólares falsificados

ALENCAR IZIDORO
da Reportagem Local

A Receita Federal e a PF apreenderam anteontem cerca de US$ 2,5 milhões em notas falsas. Quatro pessoas foram presas em flagrante, em São Paulo e no Paraná. Segundo a PF, foi a maior apreensão de dólares falsos feita no país.
Parte da quantia, US$ 1,2 milhão, foi encontrada com o brasileiro Francisco Antônio da Silva Almeida, 23, que tentava embarcar para Fortaleza (CE), às 14h, em um vôo da Transbrasil, no aeroporto de Foz do Iguaçu (PR).
O sistema de raios X de bagagens detectou a imagem de alguns pacotes, e os funcionários da Receita decidiram abrir as malas.
Almeida disse que desconhecia o conteúdo de sua bagagem, mas indicou o nome de uma mulher que teria lhe pedido para levá-la.
A partir do depoimento de Almeida, a polícia descobriu que a pessoa citada, a colombiana Martha Lúcia Gomez Herrera, 29, havia embarcado em um vôo da TAM que seguia para Fortaleza, mas faria escala em São Paulo.
No Aeroporto Internacional de Guarulhos, policiais entraram no avião, por volta das 18h, e encontraram Martha, que estava acompanhada de dois homens: o brasileiro João Bosco Meneses de Castro, 34, e o estudante norte-americano Brian Keith Gomez, 23.
Na bagagem deles foi encontrado US$ 1,298 milhão em notas falsas. Na mala de Martha havia apenas uma cédula de US$ 100.
Todo o dinheiro apreendido era de notas de US$ 100, parecidas com o novo modelo feito pelo Banco Central dos EUA. Segundo a PF, o papel e a impressão eram de excelente qualidade.
A suspeita é que a falsificação tenha ocorrido em uma gráfica estrangeira, possivelmente na Colômbia, e que o dinheiro tenha passado pela Argentina ou Paraguai antes de chegar ao Paraná.
A polícia acredita que a intenção das pessoas presas não era distribuir toda a quantia no Estado do Ceará.
A mulher e os três homens foram indiciados por formação de quadrilha e por posse de moeda falsa. A pena de cada um pode chegar a 15 anos.
Todos disseram que haviam ido para Foz de Iguaçu para passear. Os que foram presos em São Paulo admitiram que levavam o dinheiro, mas não informaram quem era o proprietário.
Eles estão presos na custódia da Polícia Federal, mas serão transferidos nesta semana para o Carandiru, na zona norte da capital. Segundo a PF, o mais provável é que os presos tenham tentado viajar em vôos diferentes para não levantar suspeitas.
Um deles, João Bosco, afirmou ser dono de uma empresa de instrumentos cirúrgicos em Fortaleza. Outro, João Francisco, disse ser funcionário dessa empresa.
O estudante norte-americano afirmou que seu pai também possui uma empresa de instrumentos cirúrgicos, em Miami.
A Polícia Federal investiga o envolvimento dessas empresas em um possível esquema de falsificação de dinheiro.









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