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POLÍCIA
Cerca de US$ 2,5 milhões falsos foram encontrados em SP e no PR
PF faz apreensão recorde
de dólares falsificados
ALENCAR IZIDORO
da Reportagem Local
A Receita Federal e a PF apreenderam anteontem cerca de US$
2,5 milhões em notas falsas. Quatro pessoas foram presas em flagrante, em São Paulo e no Paraná.
Segundo a PF, foi a maior apreensão de dólares falsos feita no país.
Parte da quantia, US$ 1,2 milhão, foi encontrada com o brasileiro Francisco Antônio da Silva
Almeida, 23, que tentava embarcar para Fortaleza (CE), às 14h,
em um vôo da Transbrasil, no aeroporto de Foz do Iguaçu (PR).
O sistema de raios X de bagagens detectou a imagem de alguns
pacotes, e os funcionários da Receita decidiram abrir as malas.
Almeida disse que desconhecia
o conteúdo de sua bagagem, mas
indicou o nome de uma mulher
que teria lhe pedido para levá-la.
A partir do depoimento de Almeida, a polícia descobriu que a
pessoa citada, a colombiana Martha Lúcia Gomez Herrera, 29, havia embarcado em um vôo da
TAM que seguia para Fortaleza,
mas faria escala em São Paulo.
No Aeroporto Internacional de
Guarulhos, policiais entraram no
avião, por volta das 18h, e encontraram Martha, que estava acompanhada de dois homens: o brasileiro João Bosco Meneses de Castro, 34, e o estudante norte-americano Brian Keith Gomez, 23.
Na bagagem deles foi encontrado US$ 1,298 milhão em notas falsas. Na mala de Martha havia apenas uma cédula de US$ 100.
Todo o dinheiro apreendido era
de notas de US$ 100, parecidas
com o novo modelo feito pelo
Banco Central dos EUA. Segundo
a PF, o papel e a impressão eram
de excelente qualidade.
A suspeita é que a falsificação tenha ocorrido em uma gráfica estrangeira, possivelmente na Colômbia, e que o dinheiro tenha
passado pela Argentina ou Paraguai antes de chegar ao Paraná.
A polícia acredita que a intenção das pessoas presas não era
distribuir toda a quantia no Estado do Ceará.
A mulher e os três homens foram indiciados por formação de
quadrilha e por posse de moeda
falsa. A pena de cada um pode
chegar a 15 anos.
Todos disseram que haviam ido
para Foz de Iguaçu para passear.
Os que foram presos em São Paulo admitiram que levavam o dinheiro, mas não informaram
quem era o proprietário.
Eles estão presos na custódia da
Polícia Federal, mas serão transferidos nesta semana para o Carandiru, na zona norte da capital. Segundo a PF, o mais provável é que
os presos tenham tentado viajar
em vôos diferentes para não levantar suspeitas.
Um deles, João Bosco, afirmou
ser dono de uma empresa de instrumentos cirúrgicos em Fortaleza. Outro, João Francisco, disse
ser funcionário dessa empresa.
O estudante norte-americano
afirmou que seu pai também possui uma empresa de instrumentos
cirúrgicos, em Miami.
A Polícia Federal investiga o envolvimento dessas empresas em
um possível esquema de falsificação de dinheiro.
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