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Defesa afirma que as provas produzidas até agora contra o casal são "vulneráveis"
DA REPORTAGEM LOCAL
A defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá
disse ontem que as provas produzidas até agora contra o casal, tanto testemunhais quanto
periciais, são "vulneráveis" e
que os dois serão absolvidos
num eventual julgamento pela
morte da menina Isabella.
"Temos convicção, temos
certeza da absolvição dos dois.
As provas hoje produzidas são
muito vulneráveis", afirmou o
advogado Marco Polo Levorin.
Segundo ele, a convicção de
que o casal vai ser absolvido ganhou força após analise das
provas periciais, que "são muito favoráveis à defesa". Nesse
rol, Levorin destacou o fato de
os peritos não terem conseguido comprovar que os vestígios
de sangue encontrados dentro
do Ford Ka de Alexandre são de
Isabella, como afirmara o promotor Francisco Cembranelli.
"A conclusão é clara, absolutamente clara [que o sangue é
de Isabella]. Só não vê quem
não quer", afirmou o promotor
na semana passada.
O suposto sangue de Isabella
no veículo foi "primordial", segundo policiais do 9º DP (Carandiru), para o indiciamento
do casal em 18 de abril.
Sem apresentar documentos,
a defesa também disse que a perícia não comprovou que havia
sangue na fralda apreendida no
apartamento dos Nardoni, que
a Promotoria apontava como
um indício de que alguém tentou apagar os vestígios do crime
contra a menina.
Também não teria comprovado ser sangue da menina os
vestígios encontrados no sapato de Anna Carolina. "A defesa,
quando toma contato com as
provas dos autos do inquérito
policial, se surpreende face
àquilo que é veiculado e o que
está nos autos", disse Levorin.
Os advogados do casal criticaram a polícia por ter utilizado, durante o interrogatório, a
informação de que havia sangue de Isabella no carro e, ainda, de haver suposta marca de
vômito da menina na camiseta
do pai. "Isso nos faz questionar
a metodologia da investigação",
afirmou o advogado.
Levorin, que estava acompanhado dos advogados Rogério
Neres e Ricardo Martins, disse
que não há "requisitos autorizadores" para que a Justiça decrete a prisão preventiva do casal. Os dois, segundo ele, não
têm a intenção de fugir. Se a
prisão for decretada, Alexandre
e Anna Jatobá irão se entregar,
como ocorreu na prisão temporária, afirmou a defesa.
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