São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2008

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Defesa afirma que as provas produzidas até agora contra o casal são "vulneráveis"

DA REPORTAGEM LOCAL

A defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá disse ontem que as provas produzidas até agora contra o casal, tanto testemunhais quanto periciais, são "vulneráveis" e que os dois serão absolvidos num eventual julgamento pela morte da menina Isabella.
"Temos convicção, temos certeza da absolvição dos dois. As provas hoje produzidas são muito vulneráveis", afirmou o advogado Marco Polo Levorin.
Segundo ele, a convicção de que o casal vai ser absolvido ganhou força após analise das provas periciais, que "são muito favoráveis à defesa". Nesse rol, Levorin destacou o fato de os peritos não terem conseguido comprovar que os vestígios de sangue encontrados dentro do Ford Ka de Alexandre são de Isabella, como afirmara o promotor Francisco Cembranelli.
"A conclusão é clara, absolutamente clara [que o sangue é de Isabella]. Só não vê quem não quer", afirmou o promotor na semana passada.
O suposto sangue de Isabella no veículo foi "primordial", segundo policiais do 9º DP (Carandiru), para o indiciamento do casal em 18 de abril.
Sem apresentar documentos, a defesa também disse que a perícia não comprovou que havia sangue na fralda apreendida no apartamento dos Nardoni, que a Promotoria apontava como um indício de que alguém tentou apagar os vestígios do crime contra a menina.
Também não teria comprovado ser sangue da menina os vestígios encontrados no sapato de Anna Carolina. "A defesa, quando toma contato com as provas dos autos do inquérito policial, se surpreende face àquilo que é veiculado e o que está nos autos", disse Levorin.
Os advogados do casal criticaram a polícia por ter utilizado, durante o interrogatório, a informação de que havia sangue de Isabella no carro e, ainda, de haver suposta marca de vômito da menina na camiseta do pai. "Isso nos faz questionar a metodologia da investigação", afirmou o advogado.
Levorin, que estava acompanhado dos advogados Rogério Neres e Ricardo Martins, disse que não há "requisitos autorizadores" para que a Justiça decrete a prisão preventiva do casal. Os dois, segundo ele, não têm a intenção de fugir. Se a prisão for decretada, Alexandre e Anna Jatobá irão se entregar, como ocorreu na prisão temporária, afirmou a defesa.


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