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Utilizada por crianças, praça Rotary fica sem varrição e coleta de lixo
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma das poucas áreas de
lazer da Vila Buarque (região
central), a praça Rotary, que
abriga a biblioteca infantil
mais antiga do Brasil e hoje a
única da cidade de São Paulo
-a Monteiro Lobato-, está
sem varrição e coleta de lixo
desde o último dia 20. A sujeira se acumula por toda parte.
Vizinhos e usuários da praça, muito frequentada por
crianças, dizem que nunca
houve tanto lixo acumulado
no chão e nas lixeiras.
"Realmente está muito sujo. Tenho reparado que há
muitas fezes de cachorro que
não são recolhidas. Essa praça nunca foi suja", diz Adriano Vannucchi, que ontem levava a cadela para passear.
"Há mais de uma semana
não fazem a limpeza, retiro o
lixo da frente do prédio, mas
não posso limpar toda a praça", diz Rita Pisniski, diretora
da biblioteca infantil, que tem
61.508 livros no acervo e que
em março recebeu, em média,
222 crianças por dia.
A Subprefeitura da Sé e a
Construfert Ambiental, empresa contratada para a varrição na região central, apresentam versões diferentes
para a falta do serviço.
Para a prefeitura, a coleta
não é feita por conta de uma
paralisação de varredores.
A Construfert diz que varre
as calçadas das praças, mas o
serviço dentro delas depende
de ordem de serviço da subprefeitura -que diz fazer os
pedidos diariamente.
O valor do contrato anual,
que vence em novembro, é de
R$ 50,3 milhões. Sem as ordens de serviço emitidas, diz a
empresa, a limpeza das praças não está sendo paga.
A prefeitura diz que vai remanejar equipes para limpeza dos locais afetados e pediu
reforço na varrição da região
central, onde outras praças
-como a Marechal Deodoro
e a Júlio Mesquita- passam
pelo mesmo problema. A limpeza da praça Rotary, diz, vai
ser feita na próxima semana.
"Está havendo uma adequação de trabalho, uma revisão no plano de limpeza. Em
mais tempo ou menos tempo
o serviço deve voltar ao normal", afirma Sérgio Carlos,
engenheiro da Construfert.
Ele diz que, com as alterações que devem ser feitas no
contrato, a varrição e coleta
de lixo das praças não precisará mais de ordem de serviço
da subprefeitura e passará a
ser rotineira, como é feita hoje nas ruas.
A Secretaria de Serviços
que, dentre outras atribuições, tem a responsabilidade
da limpeza urbana, diz que vai
"intensificar a fiscalização e
tomar as medidas cabíveis".
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