São Paulo, quinta-feira, 01 de junho de 2000


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GREVE
Funcionários ameaçam interromper atividades em represália a recurso da empresa contra dissídio julgado pelo TRT
Metrô pode parar a qualquer momento

DA REPORTAGEM LOCAL

Os funcionários do Metrô de São Paulo ameaçam parar hoje, a qualquer momento, em represália ao recurso que a empresa deu entrada na Justiça contra o dissídio da categoria, que havia sido julgado pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho).
A greve estava decidida desde segunda-feira passada, mas estava condicionada às medidas da empresa contra o reajuste de 4% definido em acordo judicial.
""Assim que eles entrarem com pedido de efeito suspensivo, nós paramos e vamos aguardar a decisão da Justiça em greve", disse Onofre Gonçalves de Jesus, 46, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
Apesar do recurso protocolado ontem, o Metrô tem de fazer outro pedido de liminar para suspender temporariamente o dissídio, enquanto o primeiro pedido é julgado.
A assessoria do Metrô informou que o pedido de liminar deverá ser protocolado hoje.
Os 7,3 mil funcionários do Metrô transportam 2,4 milhões de pessoas por dia na capital.

Impasse
O sindicato pediu, inicialmente, reajuste de 7,38%, mais 11,45% de produtividade e garantia dos benefícios já conseguidos pelos funcionários. Não houve acordo.
A Justiça julgou o dissídio. Foi fixado 4% de reajuste, mais de 2% de produtividade e a manutenção dos benefícios trabalhistas do dissídio anterior.
Os metroviários estavam com data marcada para o início da greve, mas voltaram atrás depois que o TRT julgou o dissídio e suspenderam a paralisação.
O Metrô alega que não tem como absorver o reajuste sem elevar as tarifas. Segundo sua assessoria, o salário-médio dos metroviários subiu de R$ 878 em dezembro de 94 para R$ 1.903 no fim de 99.



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