|
Texto Anterior | Índice
GREVE
Funcionários ameaçam interromper atividades em represália a recurso da empresa contra dissídio julgado pelo TRT
Metrô pode parar a qualquer momento
DA REPORTAGEM LOCAL
Os funcionários do Metrô de
São Paulo ameaçam parar hoje, a
qualquer momento, em represália ao recurso que a empresa deu
entrada na Justiça contra o dissídio da categoria, que havia sido
julgado pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho).
A greve estava decidida desde
segunda-feira passada, mas estava condicionada às medidas da
empresa contra o reajuste de 4%
definido em acordo judicial.
""Assim que eles entrarem com
pedido de efeito suspensivo, nós
paramos e vamos aguardar a decisão da Justiça em greve", disse
Onofre Gonçalves de Jesus, 46,
presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
Apesar do recurso protocolado
ontem, o Metrô tem de fazer outro pedido de liminar para suspender temporariamente o dissídio, enquanto o primeiro pedido
é julgado.
A assessoria do Metrô informou
que o pedido de liminar deverá
ser protocolado hoje.
Os 7,3 mil funcionários do Metrô transportam 2,4 milhões de
pessoas por dia na capital.
Impasse
O sindicato pediu, inicialmente,
reajuste de 7,38%, mais 11,45% de
produtividade e garantia dos benefícios já conseguidos pelos funcionários. Não houve acordo.
A Justiça julgou o dissídio. Foi
fixado 4% de reajuste, mais de 2%
de produtividade e a manutenção
dos benefícios trabalhistas do dissídio anterior.
Os metroviários estavam com
data marcada para o início da greve, mas voltaram atrás depois que
o TRT julgou o dissídio e suspenderam a paralisação.
O Metrô alega que não tem como absorver o reajuste sem elevar
as tarifas. Segundo sua assessoria,
o salário-médio dos metroviários
subiu de R$ 878 em dezembro de
94 para R$ 1.903 no fim de 99.
Texto Anterior: Moradores de SP se preparam, mas não se preocupam Índice
|