São Paulo, segunda-feira, 01 de junho de 2009

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Volume de chuvas é difícil de calcular, afirma pesquisador

DA ENVIADA ESPECIAL A COCAL (PI)

Para o professor titular de obras de terra da Universidade Federal do Piauí, Edson Melo, o "perigo imponderável" que ronda projetos de barragens reside no fato de eles se basearem em dados empíricos de precipitações médias anuais, e não em altas precipitações em curtos períodos de tempo, "o que parece ter havido na região".
Melo é autor de publicação "Elementos para Projeto de uma Barragem de Terra" e vereador tucano em Teresina.
O professor explica em seu blog (www.meionorte.com/edsonmelo) que os dados hidrológicos, que incluem os dados de precipitação da bacia hidrológica ou de contribuição da bacia de acumulação, são pesquisados a partir de informações dos arquivos do nosso DNOCS (Departamento Nacional de Obras contra as Secas), coletados desde 1913".
Segundo ele, aí está a "dificuldade do projetista para calcular a vazão máxima para dimensionamento do vertedouro ou sangradouro".
Melo traça um perfil elogioso do engenheiro Luiz Hernani de Carvalho: "É um velho engenheiro da Universidade Federal do Ceará e do DNOCS, além de um dos maiores projetistas de barragem do Brasil".
Para evitar que se repitam tragédias como a de Algodões, o professor diz ser necessário "rever conceitos hidrológicos adotados atualmente".


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