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JOSÉ MARIA DO AMARAL OLIVEIRA (1926-2009)
Almirante Amaral e a questão da vocação
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 15, o garoto José Maria
do Amaral Oliveira foi com os
colegas de escola visitar um
navio da esquadra inglesa que
atracara em Belém -foi amor
à primeira vista.
O pai queria que ele, filho
único, fosse advogado ou médico, mas não teve jeito.
Dos 15 aos 83 anos -idade
com que morreu na segunda
(18), devido a um câncer de
esôfago-, dedicou sua vida à
Marinha e à aviação naval.
Almirante, encerrou a carreira como ministro-chefe do
Estado-Maior das Forças Armadas -Sonia, sua segunda
mulher, com quem foi casado
por 23 anos, conta que o marido foi indicado por Tancredo
Neves e tomou posse no governo José Sarney.
Além de exercer vários cargos na Marinha, foi conselheiro militar da ONU.
"O maior mérito dele, e isso
serve para as gerações atuais,
é a questão da vocação: a importância de você sentir e depois seguir uma vocação. Ele
acompanhava quase que diariamente tudo o que acontecia na aviação naval", lembra
a mulher.
Segundo Sonia, o almirante
Amaral, como era conhecido,
ficou responsável, na Holanda, pela reforma e por trazer o
primeiro porta-aviões do
país: o Minas Gerais. Também ficou encarregado pela
compra de fragatas brasileiras na Inglaterra.
"Pouco antes de morrer, ele
estava escrevendo um texto
sobre a Marinha", diz.
Teve quatro filhos, 12 netos
e um bisneto. Foi enterrado
no Rio de Janeiro. A missa foi
na quarta, em SP.
obituario@grupofolha.com.br
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