São Paulo, segunda-feira, 01 de junho de 2009

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JOSÉ MARIA DO AMARAL OLIVEIRA (1926-2009)

Almirante Amaral e a questão da vocação

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 15, o garoto José Maria do Amaral Oliveira foi com os colegas de escola visitar um navio da esquadra inglesa que atracara em Belém -foi amor à primeira vista. O pai queria que ele, filho único, fosse advogado ou médico, mas não teve jeito. Dos 15 aos 83 anos -idade com que morreu na segunda (18), devido a um câncer de esôfago-, dedicou sua vida à Marinha e à aviação naval.
Almirante, encerrou a carreira como ministro-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas -Sonia, sua segunda mulher, com quem foi casado por 23 anos, conta que o marido foi indicado por Tancredo Neves e tomou posse no governo José Sarney. Além de exercer vários cargos na Marinha, foi conselheiro militar da ONU. "O maior mérito dele, e isso serve para as gerações atuais, é a questão da vocação: a importância de você sentir e depois seguir uma vocação. Ele acompanhava quase que diariamente tudo o que acontecia na aviação naval", lembra a mulher.
Segundo Sonia, o almirante Amaral, como era conhecido, ficou responsável, na Holanda, pela reforma e por trazer o primeiro porta-aviões do país: o Minas Gerais. Também ficou encarregado pela compra de fragatas brasileiras na Inglaterra. "Pouco antes de morrer, ele estava escrevendo um texto sobre a Marinha", diz. Teve quatro filhos, 12 netos e um bisneto. Foi enterrado no Rio de Janeiro. A missa foi na quarta, em SP.
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