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Polícia apura se atropelamento foi proposital
Empresário de 22 anos morreu no incidente, na zona sul de SP; segunda vítima, um piloto de carros, está internada
Imagens cedidas por prédio
vizinho ao local mostram quando carro atinge dupla; dono teria lavado o veículo em seguida, afirma a polícia
DO "AGORA"
A polícia já tem as imagens
do atropelamento supostamente intencional que matou o
empresário Rafael Gomes de
Freitas, 22, e deixou Vinícius
Elias Mauri, 22, gravemente ferido na madrugada de anteontem, no Jardim Marajoara (zona sul de São Paulo). O motorista fugiu sem prestar socorro.
Freitas e Mauri caminhavam
na rua Doutor Ferreira Lopes,
por volta das 4h de anteontem,
quando foram atropelados.
A Polícia Civil recebeu de familiares das vítimas imagens
do circuito de monitoramento
de um condomínio que fica na
rua Olavo Bilac, bem em frente
ao local do acidente, que mostram o que aconteceu.
Segundo o relato de testemunhas, eles foram atingidos por
um veículo escuro dirigido pelo
mesmo homem que, momentos antes, abordara a dupla para
perguntar se eles haviam visto
um travesti que havia danificado o para-brisa do carro.
Logo depois da abordagem, o
motorista saiu em alta velocidade, deu a volta no quarteirão
e atirou o veículo na direção do
grupo. Freitas, que seria pai em
um mês, não resistiu.
Segundo boletim médico,
Mauri, que é piloto de carros e
corre de Stock Car paulista, sofreu traumatismo craniano e
estava em coma induzido, com
um coágulo no cérebro.
Pelas costas
De acordo com o relato de parentes que tiveram acesso às
imagens, por volta das 4h20,
um Corsa é visto com o pisca-alerta ligado na esquina das
ruas Doutor Ferreira Lopes e
José de Alencar -conhecido
ponto de travestis.
Minutos depois, o carro parou na esquina da rua Olavo Bilac, onde estavam Freitas e
Mauri e um casal de amigos.
Em seguida, as imagens mostram que o Corsa sobe a rua e
reaparece em alta velocidade
descendo a Doutor Ferreira
Lopes e atropelando os jovens.
"Eles estavam de costas. Nem
conseguiram se defender ou fugir do carro", contou a tia de
Freitas, Elaine Gomes, 45.
O casal de amigos, que estava
na outra calçada, corre e começa a pedir ajuda. Na imagem seguinte, segundo parentes, o veículo é visto passando pelo local
e subindo a rua Doutor Ferreira Lopes na contramão.
A polícia também recebeu informações de que o motorista
suspeito do crime mandou lavar o Corsa em um posto de
combustíveis na avenida Washington Luis, após o acidente.
A investigação também apura se uma discussão entre um
homem e um travesti na rua José de Alencar, praticamente no
mesmo horário do acidente, estaria relacionada ao caso.
Ontem de manhã, parentes e
amigos acompanharam o enterro de Freitas, no cemitério
de Congonhas (zona sul de SP).
"Foi uma injustiça, mas nós vamos até o fim. Quem fez isso,
vai ter de pagar", disse a tia.
No momento do acidente, os
jovens seguiam para o escritório de Freitas. "Eles estavam
comigo no supermercado Pão
de Açúcar e resolveram ir na
frente. Minutos depois, recebi
uma ligação avisando do acidente", contou Isabela, 19, que
é irmã de Mauri.
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