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Plantão Médico
Exercício físico vence a depressão
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
O exercício físico adequado
e continuado, sem exageros,
provoca agradável sensação
de bem-estar. Este efeito tem
sido comparado à ação de medicamentos antidepressivos
para os problemas de depressão emocional. O mecanismo
desta ação, entretanto, não
era conhecido.
Na realidade, permaneceu
desconhecido até o dia 15 deste mês, quando a médica Astrid Bjornebekk defendeu e
teve aprovada no Departamento de Neurociências do
Instituto Karolinska, Suécia, a
sua tese de doutorado.
O Instituto Karolinska é
responsável pela outorga
anual do Prêmio Nobel de fisiologia ou medicina.
Em sua pesquisa com ratos,
Bjornebekk observou que
tanto os exercícios físicos como os medicamentos antidepressivos provocam formação
de novas células em uma área
cerebral importante para a
memória e a aprendizagem
(hipocampo).
A autora explica que a diminuição da proliferação de células no hipocampo contribui
para a redução desta área cerebral em pacientes deprimidos e que o tratamento antidepressivo tem a capacidade de normalizar esta situação.
Da mesma forma, acrescenta, seus achados sugerem que
a atividade física tem o mesmo efeito antidepressivo.
Em resumo, a pesquisa realizada por Astrid Bjornebekk
explica como um exercício físico pode ter um efeito antidepressivo na depressão do tipo leve para moderadamente severa, além de mostrar que a
atividade física pode potencializar positivamente a ação
dos medicamentos antidepressivos.
julio@uol.com.br
VIAGENS
Estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde)
lembra aos turistas que
permanecer sentado e
imóvel no lugar por mais
de quatro horas gera alto
risco de provocar tromboembolismo venoso. As
manifestações mais freqüentes são a trombose
das veias das pernas e embolia pulmonar.
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